Cisco apresenta novos routers que vão revolucionar a Internet

Como já disse Nicholas Negroponte -o famoso guru das novas tecnologias- há mais de década: "Com a Internet, a informação, o entretenimento e as comunicações serão consumidas sob a forma de zeros e uns, com a linguagem digital". E ele não estava nada errado. Hoje, até a televisão e o cinema são baixados pela Internet. E, com o PC e o celular sempre a mão, nós mesmos povoamos a rede de vídeos, fotos, comentários: toneladas de informação que circula por ai.

A verdade é que esta explosão de participação na rede, e de vídeos que vão e vêm, está começando a causar alguns inconvenientes à infra-estrutura que possibilita o seu funcionamento. Um conjunto de routers (equipamentos que interconectam os computadores entre si) que enlaçam o mundo e "dirigem o trânsito" da informação entre os diferentes nós do mundo.

E não é só uma questão da quantidade de informação que gerenciam. Os routers da atualidade, ademais, estão preparados para o que se conhece como a "Web 1.0", onde a imensa maioria das pessoas ia buscar informação em alguns poucos lugares e praticamente não participava, não enviava informação.

- "A rede agora é bem mais complexa e por isso é necessário uma nova tecnologia", diz Sebastián Ballerini, diretor de Operações de Provedores da Cisco, empresa, que lidera o mercado dos routers para grandes provedores e que apresentou segunda passada a nível mundial uma nova tecnologia que, dizem, vai "revolucionar a Internet".

A revolução em tecnologia da Cisco são os novos routers supervelozes e "inteligentes". Não só conseguem mover até 322 terabits por segundo (um absurdo), senão que ademais vêm com um sistema que permite determinar por si mesmos para onde convém que enviar a informação para que tudo seja mais eficiente. O novo router, chamado Cisco CRS-3 triplica a capacidade de seu predecessor, o CRS-1.

Só para que tenham uma ideia, isto permite que toda a banda mensal do MDig seja transferida 60 vezes em apenas um segundo; que cada homem, mulher e criança na China faça uma vídeo-chamada, simultaneamente.

Balelerini ainda explica que o CRS-3 tem uma "espécie de GPS" que indica sempre a localização de onde vem um pacote de dados e o melhor caminho que pode tomar para chegar a um destino. E que tudo isto, antes feito de forma manual pelos provedores, agora será feito de forma automática beneficiando os provedores em termos de custos, bem como de novos serviços que podem criar.

Resta-nos esperar para ver quanto tempo esta tecnologia demorará para chegar até nossas casas.

Fonte: Clarin.