Connie Culp diz que a operação de transplante facial foi um milagre na sua vida (10 fotos)

Connie Culp ficou terrivelmente desfigurada quando foi baleada à queima-roupa por seu marido. Era difícil acreditar que ela poderia viver uma vida normal novamente. Mas durante quatro anos a valente Connie, de 48 anos, submeteu-se a mais de 30 cirurgias dolorosas e levou uma vida reclusa para evitar chocar as pessoas. Mas então ela fez história com um transplante de face inovador, quando cirurgiões substituíram 80% de seu rosto, incluindo o nariz, bochechas, pálpebras, mandíbula, palato e parte da estrutura óssea.

Agora, dois anos e meio depois, na semana em que seu ex foi solto da prisão, Connie revelou como sua vida foi transformada.

- "As crianças que me viam, achavam que eu era um monstro", diz ela. "Agora eu posso manter minha cabeça erguida. Sei que não é minha cara, mas eu me sinto muito muito agradecida por ter uma agora, ainda que não seja muito bonita."

Descrevendo o momento em que sua vida mudou para sempre, Connie, diz:

- "Eu lembro de tudo. Isso é o que os médicos não podem acreditar. Lembro-me dele levantando a espingarda arma e o que disse para logo depois atirar, é uma imagem horrível que nunca vai me deixar, para o resto da minha vida".

Depois de atirar na esposa no bar que possuíam, Tom em seguida, colocou a arma na própria boca e puxou o gatilho, causando lesões graves. Mas, como Connie, ele também sobreviveu.

Connie então passou meses em hospitais com cirurgiões tentando corrigir suas feridas terríveis. Com seus filhos Steven, 30, e Alicia, 28, ao seu lado, a mãe corajosa lutou, levando conforto no milagre dela ter sobrevivido. Surpreendentemente, ela mesmo tomou a decisão de visitar seu ex-marido na prisão depois de sua condenação.

Mas, preocupados com a sua libertação, Connie finalmente concluiu seu divórcio oficial em maio e se mudou da casa em que outrora compartilhavam em Bloomingdale, Ohio.

Nesta foto, estilizada aos anos 20, Connie aparece sentada no piano rodeada pelos filhos, Alicia e Steven, e o marido Tom.

- "Ele tem uma ordem de restrição para não se aproximar de mim, mas ninguém sabe o que ele vai fazer. Vamos ter que esperar e ver".

Uma enfermeira visitas Connie três vezes por semana para certificar-se que seu corpo não está rejeitando a nova face. Ela também toma um coquetel de medicamentos para ajudar seu corpo a lidar com o transplante.

Com apenas um pouco de visão em seu olho esquerdo, ela se esforça para ver, mas tem uma série de gadgets para ajudá-la a sobreviver. Uma caixa de comprimidos falante dispensa o remédio na dose certa, tem um despertador que falar e um scanner de roupa que diz a ela quais as cores das roupas que escolhe.

O crânio de Connie antes e depois da cirurgia.

- "Caso contrário eu poderia sair na rua como uma palhaça", ela ri.

- "As coisas pequenas são meus objetivos. Eu quero ser capaz de beber um milkshake através de um canudinho de novo, mas ainda não tenho força suficiente".

- "Sorrir é também difícil. Eu posso fazer cara de brava quando meu neto Maddox está fazendo alguma arte, mas eu quero que ele me veja sorrir também".

Mas Connie não chafurda na auto-piedade:

- "Disseram que foi um milagre quando sobrevivi ao tiro. Pois então eu tenho um segundo milagre, quando sobrevivi ao transplante de rosto. Ainda é difícil, mas minha vida está muito melhor agora".

- "Eu não quero que as pessoas sintam pena de mim. Eu quero ser tratados da mesma forma que era em toda a minha vida, antes do tiro. Afinal, se eu me debruçar sobre o passado, não poderei apreciar meu futuro", conclui a valente Connie.

Fonte: Daily Mail.