Vocês devem se lembrar da história incrível de Stubby, o cão mais condecorado da I Guerra Mundial e o único animal a ser promovido a sargento. Pois a história de confrontos armados estão cheios destes exemplos e hoje vou contar a história de Bamse, um enorme cão São Bernardo verdadeiramente especial que serviu durante a maior parte da Segunda Guerra Mundial no barco Thorodd. Ele mostrou uma notável inteligência no cuidado da tripulação em situações difíceis e converteu-se em um símbolo da liberdade da Noruega durante a guerra. |
No início da Segunda Guerra Mundial, o navio mercante Thorodd foi recrutado pela Marinha Real da Noruega como um navio de patrulha costeira, com sede em Hammerfest e Bamse foi alistado como membro da tripulação oficial em 9 de fevereiro de 1940. Bamse levantou a moral da tripulação do navio e seus atos de heroísmo tornaram o São Beranrdo famoso.
No inverno de 1941 o Comandante Olav August Nilsen passeava pelo cais de Dundee quando foi atacado por um homem que queria assassiná-lo com uma faca. Bamse, que havia seguido o comandante, atacou o assaltante e conseguiu jogá-lo no água. As testemunhas confirmaram que graças a essa ação rápida e eficaz, salvou a vida do comandante.
Outra façanha recorda que certa manhã, na primavera de 1942, Bamse a bordo do Thorodd foi o único que viu um marinheiro cair na água. Tentou avisar a tripulação latindo e correndo de um lado para o outro, mas ao ver que ninguém vinha em sua direção saltou na água fria e turva e conseguiu levar o homem com segurança até o cais. Se não tivesse agido com tanta rapidez, provavelmente teria afogado já que o marinheiro em questão não sabia nadar.
Mas a história não termina aí. Quando estavam no porto, Bamse recolhia os marinheiros dos bares e assegurava de que regressassem ao navio a tempo para o serviço ou o toque de recolher. Empurrava literalmente os marinheiros para qeu saíssem dos bares e se algum engraçadinho mais bêbado tentava escapar, Bamse o impedia até levá-lo de volta ao barco. Também era conhecido por acabar com as brigas entre os colegas de tripulação, pondo suas enormes patas sobre os ombros daqueles que brigavam, tentando acalmá-los.
Foi assim que Bamse se converteu em mascote da Marinha Real da Noruega, e depois de todas as forças norueguesas. Morreu por uma insuficiência cardíaca no cais de Montrose em 22 de julho de 1944. Foi enterrado com honras militares e a seu funeral compareceram centenas de marinheiros noruegueses, militares aliados, oitocentas crianças alinhadas em marcha silenciosa ao longo do enterro caminho e quase toda a população das cidades de Montrose e Dundee.
Sua tumba é cuidada carinhosamente pela população local e a Marinha Real Norueguesa celebra uma cerimônia comemorativa a cada dez anos dedicada a Bamse, que foi galardoado a título póstumo com a medalha Hundeorden Norges, por seu serviço na guerra. Em 2006, recebeu também a Medalha de Ouro PDSA por sua valentia e devoção ao dever, sendo o único animal da Segunda Guerra Mundial que recebeu esta honra.
Fonte: Bamse Project.
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Comentários
Um marinheiro que não sabia nadar????
Provavelmente o único soldado que entendia o conceito de "honra" durante a 2ª guerra.
A prova que os cães nos dão tanto por tão pouco.
Ficou uma graça com essa boininha. Amei!
Os animais vivem nos dando lições...
Lindo! Lindo! Lindo! Lindo!
Fiquei emocionada
Incrível.
Não duvido nada que apareça um post felino assim.
Interessante. Dúvido um gato fazer isso.
Honraria.
É, enquanto isso, tem muito sargento por aí merecendo ser rebaixado para a patente de "animal"...
amo, amo e amo animais, por estas e por outras...
Um cão com mais valor que muitos homens.