Prisão em Madagascar

Alguns dias atrás publicamos as imagens realizadas pelo fotógrafo russo Zyalt, quando veio até o Brasil para cobrir a corrida de Fórmula 1. Desta vez ele conta que tentou fotografar uma prisão em Madagascar, mas foi impedido pelo chefe de polícia que inventou uma história que seria necessário uma ajuda financeira para melhorar as condições de vida dos prisioneiros. Pago o suborno de modestos US$ 100 e após uma troca de cortesias o fotógrafo conseguiu um passe de segurança para fotografar as instalações.

O nível de segurança do presídio é muito baixo e não seria difícil fugir do local. Mas isso não acontece pois todos tem medo da possibilidade de que sejam recapturados quando serão então enviados para a prisão metropolitana, onde as condições são tremendamente piores.

O presídio, com cerca de 400 presos, tem o estilo de um forte, um grande pátio cercado por uma construção em círculo e não comporta infratores perigosos que são enviados para a capital, onde ai sim o bicho pega.

Os prisioneiros, devido a lotação e o calor, podem ser facilmente infectados com a malária ou febre amarela, doenças tropicais que podem ser fatais para europeus. Também há um grande problema de nutrição pois de acordo com as leis locais, a alimentação dos presos deve ser levada por amigos e parentes, ou seja, na prisão não há nada. Se por acaso o preso não tiver amigos ou parentes, morrerá de inanição. Alimentação, vestuário, produtos de higiene, tudo tudo deve ser fornecido pelos parentes que visitam o local a cada quinta-feira.

No pátio há uma TV antiga, que lógico é muito popular e o único entretenimento local. Lavatórios, chuveiros e banheiros estão disponíveis a qualquer momento devido ao grande calor. E como dá pra notar pelas fotos, não há camas nem colchão. Todo mundo dorme no chão. A única cama do local é a do guarda.

Imaginem então as condições da tal cadeia metropolitana, pelo jeito deve ser uma filial do inferno.

Fonte: Zyalt.