Apesar de que o título possa suscitar uma metáfora relacionada a alguém insensível e sem nenhum sinal de sentimento, em verdade não é assim, ainda mais porque este não seria o primeiro. Pela primeira vez médicos conseguem sustentar a fisiologia do corpo humano sem um coração ou pulso: um homem, contra todas as expectativas e crenças -inclusive as religiosas-, mantém-se vivo, pese a que todos os sinais geralmente indicam o contrário determinando que está morto. |
- "Pela primeira vez em 500 milhões de anos de evolução biológica temos fisiologia sem pulso", diz o médico Billy Cohn, que junto a Bud Frazieier do Texas Heart Institute conseguiu substituir o coração de um paciente com um aparelho, mostrando que é possível viver sem coração.
Geralmente pensamos que o coração é o órgão vital por excelência, sem o qual a vida é impossível, simbolizando a própria vida e nossos mais profundos sentimentos. Mas a função do coração pode ser substituída por um aparelho mecânico, neste caso uma espécie de turbina com uma série de rotores que bombeia o sangue de maneira contínua sem produzir um pulso.
Os médicos testaram esta tecnologia de ponta em vacas, conseguindo que estas vivessem de maneira natural, comessem e defecassem sem ter um coração. No ano passado aconteceu o caso de Craig Lewis, que estava entre a vida e a morte (mais para a morte) com uma parada cardíaca e nem mesmo o implante de um marcapasso salvaria sua vida, quando então decidiram implantar o sistema de turbinas.
O excelente curta-metragem Heart Stop Beating (sensíveis abstenham-se), mostrado abaixo, documenta o trabalho destes médicos de vanguarda e seu bem sucedido procedimento dando vida a um homem sem coração.
- "Se a gente escuta seu peito com um estetoscópio, não dá pra ouvir as batidas. Se examinamos as artérias, ele não tem pulso, se for conectado a um eletrocardiograma vai mostrar uma linha reta. Sob todos os critérios convencionais que usamos para analisar os pacientes na atualidade, está morto", diz Cohn. E, no entanto, está vivinho da Silva.
Esta extraordinária substituição de um órgão com uma máquina faz-nos pensar na possibilidade cada vez mais latente de incorporar artefatos tecnológicos ao corpo humano para melhorar nosso desempenho. É possível que em alguns anos seja possível também com o cérebro, onde poderemos ter uma interface que nos permita ter uma memória perfeita ou aumentar a velocidade de nossos razoamentos ou fazer "uma viagem" através de choques controlados. O meu 220V por favor!
Fonte: NDig.
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