«Não sou um monstro», diz uma mulher com 7 tumores no rosto

Li Hongfang, de 40 anos, é evitada publicamente devido à rara doença que faz com que seu rosto inche lenta e progressivamente. O pior de tudo é que a pobre mulher não tem recursos e nem consegue um tratamento médico gratuito para acompanhar o cordoma, uma forma de tumores que se formam na base do crânio, histologicamente benignos, mas apresentam comportamento maligno por serem invasivos e por sua capacidade de metástase.

O problema começou em 2001, quando se deu conta de que tinha um pequeno inchaço na testa, que ignorou solenemente porque pensou que fosse apenas a picada de um inseto e não doía. Quatro anos mais tarde, os médicos disseram que Li tinha sete tumores crescendo em sua cabeça. Mas na época, assim como hoje, ela não tinha o dinheiro necessário para custear o tratamento e desde então não lhe resta outra coisa do que ver calada seu rosto crescendo desordenadamente.

- "Sei que muita gente me vê como um monstro, mas apenas sou uma mulher normal e uma mãe sofrendo muito por dentro", diz Li.

Quando foi diagnosticada com a doença, ela vivia com seu marido e seus dois filhos no povoado Tianchao, China. Ela conta que não tinham muito dinheiro, mas eram felizes e se amavam muito:

- Eu diria que a vida era muito boa então".

Mas como diz a sabedoria popular que notícias ruins sempre vem acompanhadas; poucas semanas depois do diagnóstico, ela perdeu seu marido.

Seus dois filhos, agora com idades entre 17 e 14, tiveram que sair de casa para procurar trabalho na capital, mas Li não ficou sozinha. Em 2009, para aliviar parte de seu sofrimento, ela conheceu Guo Yingping, 40 anos, órfão desde criança que conhecia muito sobre a solidão e os dois se tornaram grandes amigos e acabaram se casando depois.

A assistência sanitária na China praticamente se desintegrou nas última décadas quando o sistema do velho Estado foi desmantelado. Muitos não tem acesso aos serviços de saúde ou simplesmente não podem pagar, ademais os 700 milhões de pessoas que vivem no campo devem viajar às cidades para conseguir uma atenção digna.

Fonte: Daily Mail.