Quais são as populações mais positivas do mundo?

Longe de variáveis macroeconômicas, índices de segurança social, de bem-estar financeiro, ou outros aspectos similares, ao que parece, o cultivo de emoções positivas depende em maior medida de uma atitude ante a vida, algo bem como uma filosofia, influenciada pela cultura, mas também pela disposição individual, para processar a percepção da realidade. Talvez por está razão, oito dos dez países que percebem sua vida mais positivamente se encontram na América Latina.

É verdade, a região pode ser historicamente errante em questões de justiça, igualdade e democracia, mas em matéria de animação e positividade perante a vida resulta mais do que exemplar e confirma a velha máxima do "Sou pobre, mas sou feliz" -que poética e paradoxalmente diz que a pobreza pode não comprar nada, mas a felicidade pode comprar tudo-. Pelo menos de acordo com um recente estudo da empresa de pesquisa e consultoria de gerenciamento de desempenho Gallup, que tenta determinar um ranking com as populações que denotam maiores emoções positivas de maneira cotidiana.

A Gallup tentou medir as emoções positivas fazendo cinco perguntas no último ano a pelo menos 1.000 adultos de 148 países, em entrevistas via telefone ou cara a cara, com margem de erro de ± 3,9 pontos percentuais, cujos dados podem ser vistos no seguinte link: File Country Dataset Details November 12-3-12rp.pdf (1,66 MB). As perguntas consistiam se as pessoas se divertiram no dia anterior da pesquisa, se sentiam-se respeitadas em seus direitos fundamentais, bem relaxadas e felizes e se tinham aprendido alguma coisa interessante.

Os cinco primeiros lugares da listagem são ocupados pelo Panamá, Paraguai, El Salvador, Venezuela, e Trinidad e Tobago, quatro nações latino-americanas. Em sexto lugar está a Tailândia, seguida pela Guatemala, Filipinas, Equador e Costa Rica fechando o top 10. O Brasil ocupa um modesto 65º posto com 72% de pessoas que responderam sim à pesquisa.

Interessante reflexão promovida por esta nova pesquisa, já que representa um convite direto a refletir sobre as verdadeiras causas relacionadas à felicidade, que pelo jeito pouco têm a ver com os invejáveis status socioculturais de países como Japão, Canadá, ou dos nórdicos.