20 anos do brilhante Unplugged do Nirvana

O tempo passa! Este mês completou 20 anos do lendário Unplugged que o Nirvana gravou para MTV, em 12 de dezembro de 1993, 4 meses antes de que Kurt Cobain se suicidasse. A performance da banda pode ser acompanhada neste concerto acústico com todo seu esplendor vulnerável, emocionalmente pungente e com momentos de uma beleza sem adornos.

Cobain escolheu que o palco fosse decorado como um funeral ou um velório, com flores, velas e convidou uma de suas bandas preferidas, os Meat Puppets. Pese às petições, quase não tocaram hits e em vez disso mostraram um repertório de covers que também passariam à história em sua versão. Durante toda a apresentação dá para sentir uma tensão entre Cobain e a banda e entre Cobain e ele mesmo, um estresse que só atenua com a música, que toma uma força sacrificial. E dentro de tudo é uma das atuações nas quais melhor estado de humor Cobain apresentou em seus últimos anos.

Segundo Andre Wallace Chamings, escrevendo para o The Atlantic: - "Não há forma de escutar Unplugged in Nova York sem invocar à morte, mas isso não significa que não seja uma obra mestre".

Quando Neil Young viu a atuação de Cobain disse que "estava fora deste mundo, como um homem lobo, incrível". Meses depois Cobain escreveria em uma letra a seu amigo imaginário Boddha as palavras de Young: "It’s better to burn out than to fade away." ("É melhor arder rapidamente a desvanecer-se lentamente").

Se você entrou
neste post, muito provavelmente gosta de rock. Como uma coisa puxa a outra, também deve ser fã do Metallica, que esse ano se propôs a quebrar um recorde: fazer pelo menos um show em todos os continentes este ano. Sim, isso inclui Antártica. Isso aconteceu no último 8 de dezembro, no seu último concerto daquela que foi literalmente a primeira turnê mundial, quando tocaram para um pequeno grupo de fãs e cientistas barulhentos na base de pesquisa de dados argentina de Carlini na Antártica. Aumenta que isso ai é rock n' roll, e do bom!