Lovefield, o curta de quinta

Lá por 2005, quando o MDig ainda engatinhava, perdemos alguns artigos para uma empresa de hospedagem que queria cobrar uma fortuna por um backup, depois dela mesma provocar um bug no servidor, com o objetivo,como não, de cobrar por mais serviços. Ser blogueiro independente, sem depender das plataformas, não é tarefa fácil, mas já foi bem pior. Entre os posts perdidos estava um curta para além do magistral chamado Lovefield, que foi escrito, dirigido e produzido pelo genial Mathieu Ratthe.

Mas por que o MDig iria desenterrar um curta com quase 9 anos? Poderia alguém perguntar. Bem, Lovefield utiliza a linguagem específica, expressiva e autêntica da arte cinematográfica -não há falas- e pode ser entendido por qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. Tudo o que ouvimos é um crocito agourento e o rangido quase enervante de uma placa de sinalização sendo balançada ao sabor do vento.

Entretanto, o curta-metragem também carrega mensagens intrínsecas combinando de forma inequívoca clichês e elementos de filmes de terror, suspense e drama para criar uma história que leva o espectador a um passeio de montanha-russa de emoções. E mesmo que você não goste de filmes de terror, vou recomendar vivamente para que veja este.

O final, para onde convergem todos os planos do enredo, é realmente surpreendente. Sublime, eu diria. Es-te-pa-lu-car!!!