Garotinho fica encantado com a cena do primeiro voo do Super-Homem

Lembra-se de quando era capaz de ficar maravilhado com milhares de pequenas experiências? Quando sua vida era uma seqüência de micro adorações e o assombro genuíno era como um veículo de sua existência? Quando um balanço era uma nave espacial e esconder-se debaixo da cama equivalia a visitar um exuberante jardim secreto?

Por alguma razão a maioria destas sensações formam agora só parte de uma vasta biblioteca de lembranças, mas a cada vez se tornam menos presentes no agora. Lamentavelmente, algo acontece conosco, com nossa mente, que em algum momento da vida começa a bloquear ou diluir essa capacidade de fascinação diante de um "tudo" por demais estimulante. Mas por felicidade existem vídeos como este, celebrações frontais de que absolutamente tudo é risonhamente sagrado.

Nas imagens, um pai assiste a sequência do primeiro vôo do Super-Homem em "O Homem de Aço" com seu filho de 16 meses de idade. Você pode ver o olhar de admiração e espanto nos olhos do garoto. Um fã nasce e uma imaginação é provocada.

Há uma semana, um outro vídeo, que já compartilhamos no MDig, mostrava a embevecida Kayden em sua primeira experiência com a chuva. Este é o tipo de vídeo que também nos remete a este tipo de lembranças e nos convida não só a revivê-las, mas também a questionar nossa filosofia de vida caracterizada pela correria da cotidianidade. A pequena protagonista deste comovente ritual comprova a magia impressa no ato de ser ritmicamente impactada por centenas de gotas de chuva, e se maravilhar com um fenômeno que para nós, os adultos, não só passou a fazer parte de um acervo de eventos cuja percepção automatizamos, inclusive em muitas ocasiões lamentamos.

Ver o garotinho encantado com a possibilidade de voar e a alegria da lindinha oriental, parece sugerir a necessidade de se re-encantar com o mundo. Basicamente trata-se de recuperar o vínculo com o que está para além do plano material, que inevitavelmente honramos quando crianças, mas que depois é sepultada por horas de escola, padrões culturais, e preconceitos.