Ativistas do Pussy Riot recebem chicotadas de um cossaco durante um protesto em Sochi

Ao que parece, alguns setores da santa mãe Rússia continuam instalados no século XIX, e não só por suas leis e práticas retrogradas em relação aos direitos humanos, senão também pela forma que castigam a oposição e o dissentimento. Para amostra, veja as chicotadas sofridas por uma das integrantes do polêmico coletivo Pussy Riot por parte de um cossaco na cidade de Sochi, onde atualmente celebram os Jogos Olímpicos de Inverno.

Enquanto aqui do lado, Maduro bota o terror em jovens e cidadãos que protestam contra a situação de falência propiciada pela Revolução Bolivariana e, pior, com o apoio e beneplácito descarado de governos sem-vergonhas como o nosso e o da Argentina, do outro lado e exatamente por causa dos jogos, o governo russo está no olho do furação da opinião pública internacional devido a singular maneira em que entende conceitos como os direitos humanos, a preferência sexual ou a liberdade de expressão.

Nadezhda Tolokonnikova e Maria Alekhina -postas em liberdade em dezembro passado, depois de vários meses de prisão-, em companhia de outras, foram na quarta-feira passada a uma das ruas de Sochi para gravar enquanto cantavam a canção "Putin te ensinará a amar a pátria mãe", a qual denuncia o autoritarismo do mandatário russo, em especial a respeito das liberdades individuais e dos direitos de pessoas com uma preferência sexual diferente à heterossexualidade.

No entanto, esta pequena performance foi interrompida abruptamente pela polícia local, que na ponta do chicote e com ajuda de gás de pimenta, evitaram que o Pussy Riot terminassem seu protesto pacífico. Sobrou chicotada até para os repórteres que estavam no local

No final ninguém foi preso, ainda que uma das integrantes do grupo sangrava no rosto, ao que parece, porque um oficial jogou-a contra o chão.