Curta imagina como será a colonização humana no Sistema Solar

É provável que o nome do criador deste vídeo, Erik Wernquist, não te lembre nada, mas ele foi o criador do famoso Crazy Frog, aquele sapinho motoqueiro que era uma febre na rede até há pouco tempo. Agora, 13 anos mais tarde, ele nos presenteia algumas imagens dignas dos melhores filmes de ficção científica.

Este curta, intitulado "Wanderers" é uma visão da expansão da humanidade no Sistema Solar, em base às ideias e conceitos de como poderia ser nosso futuro no espaço da forma mais real possível. Os lugares que aparecem no filme são recriações digitais de lugares reais no sistema solar, construídos a partir de fotografias e dados disponíveis.

Sem nenhum tipo de história aparente, a ideia do filme é mostrar uma bela visão fantástica da natureza que nos rodeia nos mundos vizinhos, e sobretudo, como seriam se estivéssemos ali. AO fundo podemos ouvir as palavras de Carl Sagan em o "Pálido Ponto Azul".

"Apesar de todas as suas vantagens materiais, a vida sedentária nos deixou irritáveis, insatisfeitos. Mesmo depois de quatrocentas gerações em vilas e cidades, não esquecemos. A estrada aberta ainda nos chama suavemente, quase uma canção esquecida da infância.

Atribuirmos um certo romance aos lugares remotos. A minha suspeita é de que o apelo tem sido meticulosamente elaborado pela seleção natural, como um elemento essencial de nossa sobrevivência. Longos verões, invernos amenos, ricas colheitas, caça abundante - nada disso dura pra sempre.

Esta além dos nossos poderes predizer o futuro. As catástrofes têm um modo de nos atacar sorrateiramente, nos pegando desprevenidos. Talvez você deva sua vida, a de seu bando ou, até mesmo, a de sua espécie a uns poucos inquietos - levados, por um desejo que mal podem expressar ou compreender, a terras desconhecidas e a novos mundos.

Herman Melville, em Moby Dick, falou pelos errantes de todas às épocas e meridianos:

- "Sou atormentado por um desejo constante pelo que é remoto. Gosto de navegar mares proibidos...”

Talvez seja um pouco cedo. Talvez o tempo não tenha chegado ainda. Mas esses outros mundos, com seus promissora e desconhecidas oportunidades, estão-nos chamando. Em silêncio, orbitam o Sol, esperando.