«Don't Stop Me Now» do Queen, eleita a canção mais feliz da história e «Smells Like Teen Spirit» do Nirvana, a mais icônica

A ciência chegou a conclusão que um dos anos 70, "Don't Stop Me Now", é a canção que mais provoca o bem estar no ouvinte. Ok, talvez não seja a única canção mais feliz jamais composta, mas, segundo este estudo, se trata de um exemplo perfeito da fórmula da felicidade no âmbito da música, que segundo os cientistas deve conformar a seguinte equação: Música feliz = batida rápida (aproximadamente 150 pulsações por minuto) + letra alegre + tonalidade maior.

Em uma pesquisa realizada pelo fabricante britânico Alva, pediram a milhares de adultos que escolhessem as canções que lhes faziam se sentir melhor, e a que mais vezes se mencionou foi este hino tão otimista do Queen.

Quando o neurocientista cognitivo Jacob Jolij -que se encarregou de completar a análise dos dados para a Alva- examinou as características desta canção de 1978 e identificou os elementos dos que falávamos antes como a equação para dar a uma canção a qualidade de provocar alegria e bem estar.

- "Minha análise confirmou o que a literatura já nos tinha ensinado: as canções compostas em tom maior e com um tempo rápido são mais eficazes à hora de produzir emoções positivas", declarou Jolij. - "Praticamente todas as canções felizes são compostas em tonalidade maior (salvo contadas exceções), e todas elas têm um ritmo superior em 10 BPMs ao de uma canção regular pop".

Entre as que foram mencionadas na pesquisa se encontram "Dancing Queen" do ABBA, "Good Vibrations" da The Beach Boys e "Uptown Girl" de Billy Joel.

Ainda que, segundo Jolij, o que determina se uma canção nos faz sentir bem ou não é, mais que nada, nossa própria associação dessa canção com coisas positivas.

Por outro lado sabemos que mais de uma geração ficou impressa com os acordes de Nirvana, a banda que tomou por assalto a cena musical no final dos 80 e que a princípios da década seguinte se consagrou como um referência musical. Conquanto seu Unplugged será recordado por muitos como um dos melhores álbuns das últimas décadas, se tivéssemos que escolher apenas umas canção como a mais representativa de Nirvana, a maioria coincidiríamos em "Smells Like Teen Spirit".

Quando o doutor Mick Grierson, músico e científico computacional da Universidade de Goldsmiths, recebeu o encargo de uma marca de automóveis determinar qual é a canção mais icônica (seja lá o que isto signifique) de todos os tempos, a primeira coisa que fez foi examinar as 50 canções mais recorrentes nos registros históricos de listagens como a da Rolling Stone e VH1.

Posteriormente, uma vez detectadas estas canções, então começou a analisar os elementos que compartilham para assim isolar os aspectos mais determinantes da "iconicidade". As claves, as BPMs, os acordes, a variedade de timbres e as variações sonoras foram as variáveis consideradas por Grierson para depois definir qual é a canção mais icônica de todos os tempos. E o resultado obtido pelo pesquisador britânico foi "Smells Like Teen Spirit".