 | Recorrentemente ouvimos algumas pessoas querendo entender o que acontece com os programas de calouros brasileiros: seriam os diretores que boicotam bons cantores ou são os bons cantores que preferem não participar dos realities musicais. Parece que nem uma coisa e nem outra, o melhor do Brasil é o que tem para hoje: duplas sertanejas e MC's. Existe uma mentira tácita contada historicamente sobre a riqueza musical brasileira, que na verdade deveria ser contada como riqueza rítmica, ai sim! |
O brasileiro é pobre, musicalmente falando, não conhece as notas musicais, não sabe o que é consonância, não sabe teoria porque a música não é matéria obrigatória nas grades escolares básicas, diferente de países como Alemanha, Holanda e Filipinas. Vejam o caso do pequeno filipino Jean no vídeo abaixo. Ele começou a aprender a tocar violão (maior do que ele) aos 6 anos de idade, e parece que valeu a pena:
Para além das canções infantis populares de toda a vida, repetidas até a saciedade durante décadas por pais a filhos, a música é um pilar fundamental dentro da educação infantil, e uma maneira de expandir as capacidades das crianças em diversos níveis. Seu poder para estimular a inteligência emocional, bem como o desenvolvimento auditivo e cognitivo desde uma idade precoce, fazem dela uma sonora fonte de informação, altamente benéfica para os pequenos.
Por isso, cada vez mais e mais pais se somam à tendência de inculcar seus filhos a paixão por um instrumento desde a idade escolar em diante. Compartilhar com eles a magia das notas musicais de uma partitura não só nos permite estreitar laços e abrir os olhos: os efeitos de aprender a tocar um violino, ou piano ou um violão repercutem diretamente na sua capacidade de aprendizagem, fomentando seu entendimento de matérias muito diferentes como a matemática, e expandindo os limites de sua imaginação ao mesmo tempo em que cultivam uma faceta mais sensível de sua personalidade face à vida adulta.
De qualquer forma, parece que há uma melhoria pois os programas de calouros para crianças no Brasil se mostram com conteúdo mais interessante que os adultos, mas, no final, como quem decide é o público adulto, temos mais do mesmo: o lixo da música sertaneja.
Ok, acho que exagerei no texto totalmente off topic porque a atração deste post, segundo o título não tem nada a ver com a música nacional e nem crianças filipinas, senão com um cantor grego. Seu nome é Akis Panagiotidis e foi uma das atrações da versão do programa The Voice na edição do ano passado. O diferencial? Akis escolheu "Skyfall", tema do filme homônimo do 007, uma canção distante da que poderia corresponder a sua voz e que nos dá a nítida impressão que Eddie Vedder decidiu cantar Adele.
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Comentários
Gente, a maioria do primeiro cantou o ingles certo, ,a vanessa e robertos justos por exemplo falam ingles, agora é sacanagem também a pessoa que editou o vídeo escreveu a pronuncias, mas o ingles é assim mesmo, se pronuncia de um jeito deferente que se escreve...
Sabe Admin, me pareceu um desabafo meio melancólico, mas meu amigo, se vc acha que o Sorocaba não canta nada e é fato, imagina se vc ouvisse aquele cara com voz de dor de barriga e sem dicção, que vc não entende nada do que a criatura canta, mas tá ficando rico. Não sei o nome do dito, mas não interessa. Amigo compartilho de teus sentimentos, e te confesso, nasci no Brasil, mas reconheço que nosso povinho não quer estudar ou sei lá se tem alguma macumba, que impede a pessoa de raciocinar ou ver o que tá na cara, ou ouvir algo harmonioso. Dá desanimo até de querer rotular a ignorância. Brasileiro se acha muito, e na verdade é motivo de piada lá fora.
O Brasil empobreceu de todas as formas.
A exemplo de nossos governantes, temos artistas, intelectuais, músicos, professores... pobres de cultura, de espírito, de ética...
São medíocres.
Desde que a qualidade de ensino também caiu nas escolas, os indivíduos não podem, não conseguem, não tem parâmetros para cobrar coisa melhor mesmo.
Enquanto isso acontece as diferenças sempre vão aumentando ao invés de diminuir, pq sempre vai ter uma parcela de gente mais interessada em aprender, em adquirir melhor cultura que não está nem estará disponível para todos.
Essa geração "gorou", li em algum lugar.
Gosto de música e ouço menos do que gostaria, infelizmente. Adoro os artigos sobre música e sempre me emociona as interpretações e as vozes que encontro por aqui. O grego é "O" grego.
Atualmente no Brasil a coisa anda feia em matéria de música, se é que muita coisa que somos obrigados a ver possa ser chamado de música, porque como arte eu sei que está anos luz de distância.