Nova teoria propõe que ainda não encontramos extraterrestres porque vivem abaixo da superfície

A busca de vida extraterrestre é uma das missões mais importantes e infrutíferas da humanidade faz muitos anos. Há teorias que tentam explicar por que ainda não a encontramos: talvez porque eles nunca existiram ou já deixaram de existir. No entanto, uma nova teoria aventa que não conseguimos fazer contato com alienígenas porque eles não vivem necessariamente na superfície de seus planetas.

Alan Stern, engenheiro aeroespacial e astrofísico do Instituto de Investigação do Sudoeste (SwRI, segundo suas siglas em inglês) e ex-membro da NASA -onde foi o pesquisador principal da missão New Horizons-, assegura que a razão pela qual não encontramos alienígenas é porque estão, de certo modo, incomunicáveis.

No encontro anual da Divisão para as Ciências Planetárias, parte da Sociedade Astronômica Americana, Stern comentou:

- "Existem muitas possíveis explicações, mas sugerimos outra: que a enorme maioria dos planetas em que existe vida e inclusive civilizações são mundos oceânicos. [...] Estes planetas estariam incomunicáveis dado que uma camada grossa de gelo e rochas os separaria da superfície."

Dito de outro modo, a teoria de Alan propõe que é muito provável que existam civilizações extraterrestres submarinas, presas sob enormes camadas de gelo sólido como a da Europa, o satélite natural de Júpiter que durante tantos anos manteve a crença de cientistas de que poderia ter a capacidade de albergar vida sob o gelo.

Os mundos e satélites naturais com oceanos são comuns em nosso Sistema Solar, o que poderia significar que também o sejam ao longo do universo. O calor e as tormentas térmicas submarinas poderiam fornecer a energia necessária para a vida, mas, na possibilidade da existência de civilizações, talvez não estejam capacitadas para enviar sinais que possam atravessar a camada de gelo que cobre seu ecossistema. Por outro lado, se fossem capazes de enviar sinais, à humanidade teria muita dificuldade para detectá-los.

A lei dos grandes números diz que devemos ser uma raça comum e que, como nós, devem existir muitos outros seres que, no entanto, ainda falta conhecermos. Segundo alguns estudiosos, 5 bilhões de espécies já calcaram a Terra; de todas elas, somente uma conseguiu evoluir: nós. As possibilidades são imensas, mas nossa experiência empírica sugere que somos uma anormalidade do universo, toda uma raridade da evolução.

Só temos que pensar na história da Terra. Se em um dos eventos cataclismicos a vida não tivesse se recuperado, não existiríamos como espécie. Em quantos dos planetas com vida terá ocorrido isso?

O que eu quero dizer é que, assim como demonstra a fórmula de Frank Drake, existe a possibilidade de existência de vida inteligente em outros planetas, mas a isso temos que acrescentar um cúmulo de raríssimas eventualidades: ter um Júpiter caçando asteróides, a lua em sua perfeita localização, a massa do planeta, a estabilidade climática, a quantidade de água trazida por asteróides, a existência de um núcleo que controla um campo magnético, a distância ao centro da galáxia, e um longo longo etcétera que nos faz ser humanos aqui nesse ponto azul pálido.

São muitos os aspectos que se conjuntaram para permitir a nossa existência, talvez só tenha um punhado como nós em todo o universo e pelo pouco que podemos ver, estamos sozinhos neste pedaço de universo, esse território é nosso, todo nosso.

O problema é precisamente não nos crermos com o umbigo do universo, se nos assumíssemos como a maravilha que somos deixaríamos de nos matar uns aos outros, valorizaríamos cada pessoa como o filho de umas estrela e um evento infinitamente improvável que é em um universo escasso de inteligência, buscaríamos transcender e buscar a permanência de nossa inteligência, mas, não, preferimos nos matar pelas razões mas estúpidas, afinal de contas ainda somos "primatas".

Existem outras teorias que tentam explicar por que não encontramos homenzinhos verdes cabeçudos. Uma delas, chamada "hipótese do zoológico", explica que em realidade a humanidade vive sendo observada por seres superiores. Se isso for verdade, significa que vivemos em uma placa de Petri e não sabemos.

Fonte: Science.