![]() | O diamante-de-Gould (Chloebia gouldiae) é um pássaro endêmico da Austrália, que por suas cores muito variadas e vibrantes, é uma das aves mais coloridas e belas da natureza, merecendo destaque na nossa série de singularidades animais. Sua coloração pode ser roxa, preta, verde, amarelo, laranja, branco e vermelho. Normalmente o macho tem a plumagem com brilho mais forte. Seu nome é uma homenagem a Elizabeth Gould, esposa do ornitólogo e naturalista inglês John Gould. |

A característica destes animais é que, devido as variações de cores -existem três variações de cores entre os diamantes-de-Gould na natureza: cabeça vermelha, preta e laranja-, os próprios aborígines achavam que se tratava de espécies diferentes, mais depois descobriram que se trata de uma única espécie.
Este pássaros nascem totalmente pelados, rosinhas e sem nenhuma pena até aproximadamente duas semanas, quando as primeiras penas começam a aparecer. Os mais jovens podem ser identificados por suas cores, com a cabeça, lados e pescoços cinzentos.Mas suas cores variam muitoenquanto envelhecem.
As fêmeas, como na maioria das espécies da ordem de passeriformes, são menos coloridas e tem caudas menores. Existem muitas teorias sobre o assunto, mas a principal e mais aceita diz que as fêmeas são mais feinhas e têm menos cores por uma estratégia de mimetismo, uma evolução que possibilita ficarem mais camufladas nos ninhos, enquanto os machos mais coloridos, devem chamar atenção dos predadores, dando mais segurança para os filhotes.
Os machos são os mais coloridos, variando entre as cores roxo, preto, verde, amarelo , branco, laranja e vermelho, com o bico amarelo claro e pontas da mesma cor da face.
O diamante-de-Gould é um pássaro muito social, estão sempre em bandos e, na época da ninhada, não é incomum encontrar vários ninhos na mesma árvore. Apesar de permanecerem pelados nas duas primeiras semanas, os filhotes deixam os ninhos já uma semanas depois. São bem quietinhos e seu canto não é muito forte, mas é bastante melodioso.
O macho, muito galante, faz uma dança impressionante na hora de cortejar a fêmea. Curva-se perante a dama, balança a cabeça por uns 10 segundos e logo depois estufa o peito enquanto saltita e mantém o olhar fixo nela.
As fêmeas colocam de 4 a 6 ovos e o macho é bem cooperativo ajudando a chocar os ovos, e cuidando também dos filhotes após o nascimento. A incubação dura no máximo 14 dias.
Devido a sua beleza e vasto colorido -que chama atenção dos predadores, e delata fácil sua identificação na hora da caça-, associado a redução e alteração do seu habitat, o número de diamantes-de-Gould reduziu drasticamente na natureza no século XX. O número de indivíduos da espécie, entretanto, é bem alto e por ser muito bonito, é muito apreciado por criadores, sendo um dos pássaros mais colecionados da Austrália.






















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Comentários
Extraordinária natureza. Mas o que me entristece é ver a maioria com uma anilha na patinha. O que significa que já não são tão naturais assim.
Parece papel colorido picado, e colado no papel, como fazem no pré-escolar.
Puxa, a teoria do Edgar me faz perceber com como se chega longe com o pensamento em cadeia.
A história do admin me fez rir.
esse bicho ia fazer sucesso na sapucaí...
o restart perde pra ele uai...
Acho que esta sua teoria, Edgar, é simplesmente, como poderíamos dizer, "antropornitológica" e que merecia um estudo a fundo (se é que já não existe um). Desde a Fênix, as aves são símbolo de renascimento. Não é à toa que todo país tem seu pássaro como símbolo nacional. Mas desde que dei uma estilingada em uma andorinha tesoura quando tinha 6 anos -acabara de ganhar o estilingue-, fiquei mortificado (juro!). Até enterro com direito a pai-nosso foi feito. Desde então virei o terror das gaiolas da cidade. Não podia ver uma, que ia lá abrir e soltar os pássaros. Inclusive uma vez, já contei esta história no MDig, rasguei com alicate a tela de um enorme viveiro que era o xodó do delegado da cidade, Seu Chiquinho. O castigo? Fui capinar erva daninha entre os paralelepípedos das ruas do centro da cidade.
Oláá
Meu primo ja teve um taaanto, hoje ele tem vários periquitinhos.
Esses pássaros são lindos, mas pelo fato de não querer ter fotos de animais em gaiola, não tenho no meu flickr .. mas quem quiser dar uma visitinha: www.flickr.com/rafaelp_/
Moon... sempre foi, a diferença é que as pessoas agora estão mais expostas a informação/criticas.
Especie muito bonita, cores vivas, varios padroes...
A ponta do bico parece ser sempre da cor da cabeça, será que estamos presenciando uma etapa na evolução desta especie em que no futuro o bico será todo da mesma cor da cabeça?
Gosto muito de passaros, se fosse para te-los construiria um viveiro bem grande, jamais os deixaria em gaiola, como meu padastro faz, deve ter mais de 20 gaiolas com os bichinho presos...
Muito legal, uma ave belíssima.
Adoro aves de todos os tipos. Mas, é preciso um certo grau de consciência pra se privar de querer tê-los aprisionados numa gaiola. Parece ser um comportamento universal do ser humano, querer ter por perto alguma ave, seja pela sua cor, seu canto ou suas habilidades. Em todas as culturas que observamos, há este "apreço" pelas aves e um sentimento de posse sobre elas. Por gostar muito de aves (e também querer aprisioná-las quando eu era mais jovem), fico pensando, por que temos que nos conscientizar pra refrear este comportamento, por mais que saibamos que uma gaiola não é o ideal de bem-estar para uma ave? Cheguei à conclusão que é uma compulsão, mesmo. Talvez advinda de alguma referência ancestral: aves estão associadas à primavera. Imaginem quando o homem primitivo amargava períodos de vacas esqueléticas durante o inverno. Frio, fome, morte, doenças, escuridão... O maior alívio do mundo seria escutar os primeiros pássaros se preparando pro renascimento da vida, pros tempos de fartura que viriam com a primavera. O seu canto e as suas cores são o maior anúncio de que o aperto estava passando. Então, acho que é isto. Aves nos remetem ao conforto e à esperança. Tê-las por perto é sempre um bom lembrete de que tudo é passageiro. Mesmo os tempos difíceis não duram pra sempre. Enfim, o comportamento de cobiça diante dos pobres bichinhos advém dos mesmos mecanismos que nos levam a ter medo do monstro do armário ou do bicho embaixo da cama, quando somos crianças. Uma lembrança genética, talvez. O que acham?
Bolas de penas. Fui com a cara.
Bonitinhos.
Bonito, bem bonito. Eu gosto até dos pardaizinhos, os passarinhos mais xexelentos do planeta...
Hoje acho ruim imaginar os bichinhos na gaiola, mas enfim... não posso falar tanto sobre isso, porque quando minha família era estável, tinhamos passarinhos em gaiolas tambem. Claro, isso bem antes de ser politicamente incorreto.
Ficam lindos na Natureza!
Piu!