O vestido de noiva da minha ex

Não consegui segurar o riso ao ver estas fotos; é que vivi algo bastante parecido e que conto a seguir. Tudo começou quando um belo dia eu chego em casa, em Porto Velho, e encontro a casa vazia e fazendo eco. - "Ué, cadê minha mulher? Cadê os móveis? Cadê os bichos? Cadê todo mundo?". Minha segunda desalmada esposa acabara de me abandonar enquanto eu valorosamente trabalhava na mata amazônica consertando torres de repetição da Embratel.

Aquilo me deixou em um estado lastimável e tão triste que fui comemorar no Informal (acho que era este o nome do boteco). No outro dia fui morar no hotel Aquarius, já que aquela casa enorme me causava medo e muita solidão [música brega triste]. Mas no hotel, a vida era outra, festas e mais festas na beira da piscina. [lambada (eu sei que é cafona, mas na época tocava Kaoma o tempo todo)]

Até que uma semana depois a desgraçada telefonou e deixou recado na recepção pedindo que eu ligasse -naquela época, celular, nem pensar-. - "Quer voltar", pensei. Mas agora ela iria ver o que era bom. Decidi não ligar e mostrar quem mandava ali.

Bem por aqueles dias fui fazer um trabalho em uma subestação de Costa Marques e fiquei preso na cidade por mais de 4 dias por causa das chuvas. Quando finalmente cheguei novamente em Porto Velho, a desinfeliz ligava a cada hora para saber se eu já tinha voltado. Compreensivo que sou cheguei a conclusão de que ela já sofrera o bastante e liguei:

- "Oi meu anjo, tudo bem?"
- "Tudo bem um cacete, faz mais de semana que eu estou ligando e você pedindo para mentirem que não está aí e ... bla bla bla [5 minutos] bla bla bla"
- "Tá o que você quer?", disse eu de forma enérgica e decidido que não daria o braço a torcer até que ela amansasse.
- "Eu quero que você me mande o vestido do casamento..."
- "O que você disse?", interrompi.
- "Na pressa, acabei esquecendo o vestido na gaveta falsa do closet. Lembra? Eu quero que você me mande, afinal ele era da minha Avó que deixo..."

Se dependesse de mim eu voltaria a falar com esta mulher somente um ou dois anos depois. Naquele dia coloquei em prática o meu lado B. (lembram do post de ontem?) Eu piquei o vestido da ex, da sogra, da mãe da sogra. Cada rasgada naquelas vestes brancas era um orgasmo. Cada trapo tinha a sua serventia meticulosamente planejada e devidamente fotografada. Fiz um belo álbum, coloquei em uma caixa com o que restara do vestido e enviei para que ela se deliciasse como eu. Foram necessários seis anos para que ela me dirigisse a palavra, bem deseducada por sinal.

Como já disse, a história é bem parecida a de Kevin que decidiu criar um site para mostrar as utilidades do vestido da ex que o abandonou depois de 12 anos. Veja as fotos: