A hacker mais sexy do mundo pode ser condenada a 40 anos de prisão

Na semana passada uma estudante russa de 22 anos foi acusada de conspiração por fraude bancária e uso de passaportes falsos. Kristina Svechinskaya, apelidada na globosfera de a "hacker mais sexy do mundo" ?só por ter uma relação com a linda espiã Anna Chapman (que fez um ensaio esta semana para a Maxim russa? ainda que na realidade tenha sido uma peça chave na lavagem de dinheiro para um bando cujo objetivo era roubar 220 milhões de dólares de bancos britânicos e estadunidenses.

Ao todo, 37 pessoas estão sendo acusadas em Nova York por um plano arquitetado no Leste Europeu -ninho de mulher bonita- que usava o vírus chamado "Zeus Trojan". O programa acessa o computador quando a vítima clica em um link ou abre um arquivo anexo de uma mensagem de e-mail aparentemente legítimo. Uma vez instalado, os hackers podem monitorar a atividade da vítima, permitindo a coleta de números de contas bancárias, senhas e informação de autenticação.

Os promotores alegam que ela abriu ao menos cinco contas bancárias e recebeu 35 mil dólares do dinheiro roubado. Svechinskaya foi uma das quatro estudantes da Universidade de Nova York que atuavam como "laranjas" mediante a abertura de contas sob seu próprio nome e outras identidades falsas, em troca de 8 ou 10 por cento do valor depositado, e se for condenada por participar do esquema, Svechinskaya poderia ficar presa por até 40 anos. Segundo o FBI esta rede já conseguiu ao menos 70 milhões de dólares.

O promotor do distrito de Manhattan, Cyrus Vance Jr. disse que russos, ucranianos, cazaques e bielorussos que tinham visto de estudante nos EUA foram recrutados através de sites e comunidades de redes sociais e anúncios nos jornais.

Por outro lado o procurador Preet Bharara informou que "o mouse e o teclado podem ser bem mais eficazes que o revólver e a máscara... A era digital trouxe consigo muitos benefícios, mas também muitos desafios para o cumprimento da lei e nossas instituições financeiras".

Preet Bharara não está de todo errado, porém é necessário separar bem as coisas para não dar alento a esta campanha velada de criminalização da rede promovida pela mídia tradicional. O problema de roubos não está na internet, não está no avanço digital, se deve muito mais ao desconhecimento do usuário de computador e sua total inaptdão para navegar com segurança na web do que da perícia de um hacker. Nada que um bom antivírus não possa contornar.

Fonte: DNA.