Estes são os 150 países com mais escravos na atualidade

Conquanto em matéria de direitos humanos foram registrados grandes avanços no último século, a desigualdade de riqueza continua sendo obscena (talvez mais do que nunca). E enquanto isto não for resolvido seguiremos sendo testemunhas, geralmente passivos, de aberrantes fenômenos. Um destes é a escravidão contemporânea. Ainda que a maioria de nós tendemos a pensar que a escravidão é um formato do passado, em realidade goza de triste vigência. De fato, há boas probabilidades de que você esteja relacionado, ao menos indiretamente, com uma "cadeia produtiva" que envolve relações de escravatura.

Recentemente foi publicado o Global Slavery Index em sua edição 2016, e os números continuam sendo pavorosos. Calcula-se que no mundo há pelo menos 45,8 milhões de pessoas que vivem em condições explícitas de servidão -isto obviamente sem contar as centenas de milhões que vivem a graça de salários miseráveis e condições trabalhistas humilhantes-.

Conquanto mais da metade destes escravos, 58%, concentre-se em cinco países (Índia, China, Paquistão, Bangladesh e Usbequistão), existem muitos outros países nos quais surpreendentemente também vivem milhares de escravos. Sabia que no Brasil há mais de 160 mil pessoas vivendo nestas condições, nos Estados Unidos mais de 50 mil, Itália, 130 mil ou Japão, quase 300 mil?

Por verdade, ainda que o grosso da escravidão esteja concentrados em latitudes longe da gente, por exemplo na China, isso não nos exime de involuntariamente estar relacionado com eles, já que bem poderiam ser os responsáveis por fabricar seu smartphone high tech ou sua roupa ou calçado da moda.