Bomba Gay

Eu já falei dela aqui em duas outras oportunidades: no Projetos científicos e no Fatos Estranhos. A Bomba gay é o nome informal para um arma química teórica não letal, que um laboratório de pesquisas da Força Aérea dos Estados Unidos especula(va) produzir.

Em 1994 o Laboratório Wright em Ohio fez uma proposta de três páginas de uma série de possíveis armas químicas não letais, que mais tarde foi obtida pelo Sunshine Project, uma organização que busca denunciar as tentativas de uso de armas biológicas depois da guerra fria.

Em certa parte do documento sugere-se que um afrodisíaco forte poderia ser lançado sobre tropas inimigas, preferivelmene, uma que produzisse comportamentos homossexuais. A arma afrodisíaca foi descrita como "desagradável mas completamente não letal". Na seção "Novas descobertas necessárias", o documento implicitamente reconhece que não existem produtos químicos desse tipo na atualidade. O documento também inclui várias outras idéiaa não convencionais, como aspergir às tropas inimigas com feromônio de abelhas e depois esconder numerosas colméias na área de combate.

O Laboratório Wright ganhou em 2007 o Prêmio Ig Nobel da paz por instigar investigação e desenvolvimento numa arma química, a chamada "bomba gay", que converta os soldados inimigos em irresistíveis uns para os outros. No entanto, o pessoal da Aeronáutica não quis participar na cerimônia de entrega no Teatro Sanders da Universidade de Harvard.

Semanas atrás o pentágono admitiu que recebeu a proposta, mas negou que tenha destinado algum investimento dizendo que não se sentiu tentado ao desenvolvimento da bomba por ser pouco ética.

Segundo o tenente coronel Brian Maka, fazia parte de uma série de propostas sobre armas não letais, que incluía outros projetos, como um produto químico que deixava os inimigos muito sensíveis à luz do sol e outro que perseguia criar abelhas extremamente agressivas e ratazanas especialmente furiosas contra os soldados inimigos.

Outra proposta que o Exército dos EUA teve em sua agenda pretendia que os soldados inimigos tivessem uma halitose (mauhálito) severa e duradoura, de maneira que pudessem ser reconhecidos inclusive quando camuflados como civis. E acredite, não é brincadeira, uma outra proposta pretendia assolar os inimigos com flatulências muito potentes.

Mas no Sunshine Project não estão tão convencidos de que a proposta da bomba gay tenha sido deixado de lado. Edward Hammond diz no site da organização que não acredita que o Pentágono diga toda a verdade. Hammond assegura que em 2000, num CD-Rom de um organismo vinculado ao Pentágono sobre armas não legais enviado às Academia Nacional de Ciências, ainda estava incluído este projeto.

Impossível conter o riso ao imaginar a pegação e afetação entre uma companhia de soldados assolados pela bomba.