Veja o que ocorre com imãs de neodímio colidindo a 187.000 FPS

O efeito slow-motion se tornou mania na internet por causa da popularização de câmeras digitais não muito caras e que conseguem gravar bons vídeos lentos, por causa dos frames por segundos que conseguem alcançar. Outra razão para a disseminação da câmera-lenta é a oferta dos editores de vídeo grátis que permitem colocar o efeito em prática com apenas alguns cliques. Mas tudo isso tem uma limitação, lógico: câmeras ultrarrápidas continuam valendo um bom punhado de grana, que a maioria de nós não poderia se dar ao luxo de obter. Assim a grande maioria de vídeos em câmera-lenta do Youtube tem qualidade duvidosa.

Se você também já se perguntou se Gav e Dan, os Slow Mo Guys, adquirem todas as câmeras que usam em seus vídeos, a resposta é "não". Ainda que certamente eles tenham uma boa coleção de câmeras de alta velocidade, Gavin Free disse em uma palestra TED que a maioria destas câmeras de precisão são alugadas a peso de ouro e com um seguro que muitas vezes supera os seus preços.

Os dois já brincaram com coisas perigosas antes, mas são sérios quando nos alertam sobre brincar com grandes ímãs de neodímio. Esses ímãs são tão atraentes, sobretudo para crianças, mas você não pode trabalhar com eles antes de remover todo o metal do seu corpo, ou vai se arrepender.

Reunir dois deles é outro nível: eles vão correr juntos tão rapidamente e com força que quebrarão! Acontece em um piscar de olhos, mas esses são os caras do slow-motion. Eles gravaram ímãs se unindo a 187.000 quadros por segundo, para que possamos ver como isso acontece.

A colisão lança peças se os ímãs forem desligados, mas eles são rapidamente sugados de volta. Isso tudo ocorre nos primeiros quatro minutos; então eles tentam alguns outros experimentos e nos mostram como esses ímãs agem de forma muito estranha quando estão tentando manipulá-los.

O problema da fragilidade dos ímãs de neodímio é que não são realmente feitos de pedaços sólidos de metal, mas sim da compressão de uma grande quantidade de pó em blocos por meio de um processo chamado sinterização.

Além disso, tais imãs são muito vulneráveis ​​à corrosão. Para lidar com isso, a maioria deles possui uma camada protetora de níquel (que lhes confere a cor familiar) para evitar a exposição à atmosfera. No entanto, se ocorrerem lascas, essas regiões perdem esse revestimento e ficam expostas, o que, por sua vez, leva a mais corrosão e lascamento.