Remédio para o coração diminui o racismo. Será?

Uma droga comum para doenças cardíacas pode ter o inusitado efeito colateral de combater o racismo. É o que afirma um novo estudo onde voluntários que receberam o beta-bloqueador propranolol, obtiveram as menores pontuações em um teste padrão psicológico de atitudes racistas implícitas. Eles pareciam ser menos preconceituosos racialmente em um nível subconsciente do que outro grupo tratado com pílulas placebo.

Os cientistas acreditam que a descoberta pode ser explicada pelo fato de que o racismo é fundamentalmente fundamentado no medo.

O propranolol atua tanto na área dos nervos que regulam a frequência cardíaca quanto na parte do cérebro envolvida no medo e respostas emocionais. A droga é também utilizada para tratar a ansiedade e pânico.

A psicóloga experimental Sylvia Terbeck, da Universidade de Oxford, que liderou o estudo, disse:

- "Nossos resultados oferecem novas evidências sobre os processos cerebrais que moldam o preconceito racial implícito". O preconceito racial implícito pode ocorrer mesmo em pessoas com uma crença sincera na igualdade.

Dois grupos de 18 participantes fizeram parte do estudo que envolveu categorizar palavras positivas e negativas e imagens de pessoas negras e brancas em uma tela de computador.

Creio que devemos sempre ser bastante céticos com resultados de estudos "científicos" como este:

1. apenas 36 pessoas, estatisticamente insignificante;
2. com voluntários possivelmente com problemas cardíacos, o que poderia naturalmente reduzir a tendência de estar com raiva ou preconceito a qualquer coisa;
3. fizeram o mesmo com o LSD na década de 60, não resultou em nada.

Seria muito bacana que o mundo pudesse receber uma overdose massiva desta droga, a realização do sonho de John Lennon: um mundo sem racismo. Mas infelizmente creio que esses desejos só permaneçam vivos nos devaneios oníricos que cada um de nós leva dentro.

Fonte: Telegraph.