Fechamento do aterro sanitário gigante no Rio de Janeiro (26 fotos)

Dias atrás vi boquiaberto como um canal de TV, logo após exibir uma reportagem sobre o superavit da balança comercial brasileira em meio a crise mundial, paradoxalmente explorou as mazelas dos catadores do lixão do Jardim Gramacho, que foi fechado no Rio de Janeiro na semana passada. É difícil entender como na sexta economia mundial, podemos presenciar pessoas reclamando e chorando porque se veem  alijadas de seu único meio de ganhar a vida: o lixo.

Depois de 34 anos de funcionamento, o maior lixão a céu aberto da América Latina foi fechado. A cerimônia contou com a presença da "politicaiada" de sempre com o maior climão de fim de copa, sem levar em conta a demora no fechamento, o comprometimento do impacto ambiental na região e dos catadores que ganhavam a vida no local.

Uma empresa, que terá de investir 20 milhões no bairro pelas próxima três décadas, deverá explorar o gás metano produzido no lixão, que será vendido para a refinaria de Duque de Caxias.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, presente no local, disse que espera que o fechamento de Gramacho seja modelo para todo o país e espera que o estado do Rio de Janeiro seja o primeiro a cumprir a Política Nacional de Resíduos Sólidos, cuja meta é eliminar os lixões até 2014.

Quanto a situação dos catadores, segundo a Prefeitura Municipal de Duque de Caxias, "estará utilizando" o Centro de Referência da Assistência Social em parceria com o SENAC e SENAI, para "estar inscrevendo" os catadores do aterro e seus familiares em cursos de qualificação profissional e também "estará distribuindo" cestas básicas (super faturadas?) para os catadores cadastrados.

Enquanto isso na política bandida, ex presidente e ministro do supremo trocam farpas, um mete o dedo no olho do outro, mas nenhum entrega o outro verdadeiramente. Podre!

As fotos deste post fazem parte da reportagem do fotógrafo Victor R. Caivano para a agência AP.

Fonte: Veja.