Galinha finge-se de morta para não levar uma «galada»

Se você já viu como se portam as aves de um galinheiro logo de manhã, sabe que o galo sai cobrindo todas as galinhas do terreiro. Neste vídeo vemos como reage uma franguinha nova que, por não poder dizer que está com dor de cabeça, se finge de morta. Apesar da curiosidade das imagens, o fato é mais comum do que parece. É um comportamento adaptativo também conhecido como imobilidade tônica ou tanatose, quando a morte aparente é usada como mecanismo de defesa e ocorre em uma ampla gama de animais.

Há uma cobrinha chamada Natrix natrix, que merecia um Oscar por todo seu drama. Répteis, peixes, coelhos, tubarões, entre outros, são suscetíveis a tanatose, tanto pelo estresse quanto pelo toque. O caso mais curioso acontece com as orcas, que induzem tubarões maiores à imobilidade tônica e, consequentemente, à morte, para não serem atacadas.

A galinha do vídeo está certamente traumatizada com o galo (deve ser uma galinha nova). Entre as aves domésticas quem mais usa este expediente, para evitar a cobertura, são as codornas, mas isso não se resume apenas ao medo da "galada". Neste outro vídeo vemos um garnizé que foi peitar o galo e levou uma surra.

A imobilidade tônica também alcança o ser humano. Certamente você já ouviu falar de algum caso de alguém que tenha ficado petrificado durante um assalto, uma violação ou qualquer outro que envolva fortes reações emocionais (como susto, medo, estresse) gerando altas doses de adrenalina e noradrenalina. Também costuma ser o sonho recorrente de muitas pessoas. É horrível!