Apesar de nos parecer tão contemporâneo, o esporte ou passatempo -inclusive há quem diga que é arte, de atirar pedras horizontalmente e rente à superfície da água de forma que, durante sua trajetória, a pedra richocheteie várias vezes à flor da água, já era praticado há milhares de anos em tempos da Antiga Grécia, onde se chamava epostracismo. Em uma de suas escritas, o poeta Homero descreve com detalhes uma aposta realizada entre Jasão e Hércules para ver quem consegue quicar mais vezes uma pedra sobre a água.

O aspecto fantástico da globalização é que hoje conhecemos praticamente quaisquer pratos da culinária mundial. Por exemplo, o gimbap, também romanizado como kimbap, há menos de uma década era praticamente desconhecido em terras brasileiras, mas explodiu em popularidade depois que as pessoas não paravam de elogiá-lo nas redes sociais. O delicioso prato coreano é feito de arroz cozido, legumes, peixe e carne enrolados em gim -folhas secas de algas marinhas- e servido em fatias pequenas.

A amizade é um termo pouco preciso, cheio de poros e cores distintas, mas a ciência também quer diferenciar um simples conhecido de um amigo. Por isso, um estudo de 2019, publicado por pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia, no Jornal de Relações Sociais e Pessoais quis determinar o número de horas necessário para atingir cada nível de amizade, desde colegas ocasionais para tomar uma cerveja no happy hour até a amigos com os quais estamos fortemente vinculados a nível emocional e para quem não guardamos segredos, o que, na verdade, hoje é bem raro.

Mascar paan é uma prática cultural que prevalece em algumas partes da Índia há séculos. Pan é uma preparação feita com folha de betel, noz de areca e, às vezes, outros ingredientes como especiarias e adoçantes. É comumente usado como aromatizante bucal e costuma ser oferecido aos hóspedes após uma refeição. O paan tem um significado cultural em algumas partes do subcontinente indiano onde é visto como um símbolo de hospitalidade e é frequentemente trocado durante eventos sociais e religiosos. O problema chegou quando acrescentaram um componente polêmico ao paan: o tabaco, criando o paan masala.

No extremo oeste do pequeno litoral da Bélgica, a cerca de 20 km a leste de Dunkirk, na França, existe um local chamado Oostduinkerke, que significa Dunkirk Oriental, onde um grupo de pescadores pratica uma forma incomum de pesca. Em vez de usar barcos, esses pescadores usam um cavalo para pescar uma variedade especial de camarão: o Crangon crangon, comumente conhecido como camarão-cinza, encontrado no sul do Mar do Norte, que é considerado uma iguaria na Bélgica. Este é o único lugar no mundo onde os pescadores ainda usam uma técnica antiga que inclui cavalos gigantes e cestos trançados para capturar camarão.

É tão pequeno que parece de brinquedo. Só tem espaço para uma pessoa porque do outro lado está o motor. No entanto, o M22 é um pequeno monstro com uma capacidade de carga que ridiculariza as grandes pick-ups como a Ford F-250. Parece que hoje em dia as caminhonetes só se preocupam com o design do tipo "cheguei" se esquecendo que este tipo de automóvel também deveria se basear na capacidade de carga e tração. O pequeno Multicar M22 -como seus irmãos, M21, M23, M24, M25, M26, ou M27- foi o veículo de trabalho fabricado pela Alemanha Oriental nos anos 60 e ainda restam alguns funcionando.

Existem seios em diferentes formas e tamanhos, mas há uma coisa que todos eles têm em comum: são únicos para os humanos. Existem mais de 5.000 espécies de mamíferos no planeta, no entanto, ainda que as aliás desenvolvam seios semelhantes aos humanos durante a amamentação o Homo sapiens é a única forma de vida com seios permanentes. E ainda que como espécie nos resulte atraente ter esta "anomalia" tão humana, a mesma propõe uma grande pergunta: Por que são tão grandes? Um erro da mãe-natureza?

Em 2009, empresários franceses fizeram uma aposta enorme: construir uma indústria de luxo num dos países mais pobres do mundo. Antes da Acipenser, nenhuma empresa tinha cultivado caviar com sucesso na África. Um dos cultivos mais raros e luxuosas de Madagáscar está isolado em um lago artificial nas profundezas das terras altas do país. Localizado a cerca de 65 quilômetros da capital, Antananarivo, e lar de uma crescente comunidade de esturjões cultivados, o pitoresco Lago Mantasoa tornou-se a primeira e única fonte de caviar de África. A fazenda, chamada Rova Caviar Madagascar, é ideia de três empresários franceses: Delphyne e Christophe Dabezies e seu sócio, Alexandre Guerrier.

Os ftirápteros, mais conhecidos como piolhos, são esses insetos ápteros capazes de resguardar-se durante longas temporadas sob o calor de seu couro cabeludo. Eles constituem uma ordem de insetos que contém mais de quinhentas espécies. Não tem asas e são parasitas externos de mamíferos e das aves. Chegado o momento, o piolho saca seu "chicote" com suas antenas e passa a alimentar-se de seu sangue. Quando você percebe sua presença já é tarde: tem dezenas em seu cabelo resultado de seus ovo que eclodiram.

Você já se flagrou entrando em um cômodo da sua casa sem lembrar exatamente o que iria fazer? Abriu a porta da geladeira sem saber exatamente o que iria pegar? Tranquilo! Essas experiências são tão comuns que os psicólogos as estudam há anos e as atribuem a algo chamado "memória dependente do contexto. Muitas vezes, só nos lembramos dessas coisas quando voltamos ao local onde decidimos o que íamos fazer ou comer. Em psicologia, a memória dependente do contexto é a recordação melhorada de episódios ou informações específicas quando o contexto presente na codificação e na recuperação são os mesmos.

Há milênios, brilhantes cabeças pensantes vêm discutindo e tentando determinar se o homem é bom por natureza -como criam Rousseau, Sócrates ou Montaigne- ou mais tentado ao mal -opinião representada por Hobbes, Maquiavel ou a teologia cristã, mediante o pecado original-. O debate segue firme, mas agora há uma nova voz a levar em conta: a neurociência, que está a caminho de estimar quantitativamente a bondade humana. Então, somos bons ou maus por natureza? A verdade é que a resposta é um pouco complicada.

A retórica do romantismo ou do amor incondicional nos acostumou a remeter a morte por amor às fantasias dos poetas e dos literatos, aos livros e as narrativas lânguidas e desoladas do amor não correspondido ou daquele que, por uma trágica casualidade, perde o assim chamado amor de sua vida. Daí que "morrer de amor" seja considerado, antes de mais nada, uma licença poética apesar de alguns exemplos totalmente reais de pessoas que perdem um ser querido e poucos dias depois falecem também. No entanto, as pessoas podem realmente morrer de coração partido, e os pesquisadores pensam agora que sabem porquê.