O artista francês Celeste Boursier-Mougenot criou um projeto sonoro curioso que envolve o uso de 70 diamantes-mandarins (Taeniopygia guttata) e uma sala cheia de guitarras amplificadas. As cordas do instrumento parecem não ser diferentes para os pássaros do que um fio de telefone ou os galhos de uma árvore. Conforme os pássaros pousam, fazem ninhos, piam e bicam, eles emitem uma música que cria uma espécie de concerto ambiente, não necessariamente afinado, logicamente.

A maioria dos origami são geométricos, mas o artista vietnamita Hoang Tien Quyet conseguiu criar formas curvas utilizando uma difícil técnica conhecida como papiroflexia úmida. Isto acrescenta um elemento escultural a suas obras, fazendo com que os animais de origami de Hoang pareçam verdadeiramente notáveis. Segundo ele próprio conta em seu perfil do Facebook, a dificuldade neste processo diferenciado de origami reside na quantidade de água: se houver pouca umidade o papel seca antes de acabar de dobrá-lo. Muita umidade e o papel rasgará facilmente.

Dois especialitas em imagem, da empresa Hirox, Emilien Leonhardt e Vincent Sabatie, escanearam o quadro do artista neerlandês Johannes Vermeer "Moça com o Brinco de Pérola" com um microscópio de alta resolução. O resultado pode ser a melhor forma de desfrutar desta obra em uma imagem de dez bilhões de pixels, 10 gigapixels, ou especificamente uma resolução de 93.205 x 108.565 pixels. O trabalho começou em março de 2018, e foi finalizado recentemente. Foram necessárias 9.100 fotografias para completar toda a tela à resolução adequada, e depois veio o não menor trabalho de unir todas essas fotos em uma das maiores panorâmicas do mundo.

O artesão francês Olivier Gomis colou e prensou habilmente centenas de lápis de cor que ele então transformou em um belo vaso em espiral. Tudo bem, você provavelmente já viu lápis de cor sendo girado um milhão de vezes no YouTube, mas você já viu isso feito sem despejar resina epóxi sobre eles? Diferente de outros projetos similares, este não usou resina epóxi no processo, senão aque apenas cola e prensagem. O pulo gato do projeto é a disposição espiralada das camadas de lápis e você só vai entender isso no final.

A magia dos filmes do Studio Ghibli deve muito a seus personagens: a altiva Princesa Nausicaä do Vale do Vento; o lutador da Primeira Guerra Mundial que virou suíno Porco Rosso; o espirituoso Chihiro de dez anos, levado para o reino do folclore; o espírito da floresta cão-guaxinim-urso-gato conhecido apenas como Totoro. Mas, para entender como essas figuras ganham vida, devemos lembrar que elas habitam os mundos vivos da imaginação de seus criadores.

O artista do origami Juho Könkkölä recentemente compartilhou este incrível Samurai, dobrado em uma única folha quadrada de papel de arroz de 95 x 95 centímetros. Sem nenhum corte ou cola. O tamanho final do trabalho é de 28 x 16 x 19 centímetros e apenas técnicas de dobra a seco e úmido foram usadas para chegar ao modelo final. O artista finlandês de 23 anos, que levou 2 meses para projetar e 1 mês para dobrar, disse que precisou de muita tentativa e erro.

Em agosto do ano passado, o artista Seamus Wray criou todo um curioso segmento artístico chamado "autorretrato recursivo", depois de postar uma foto no Reddit onde ele pintava um quadro, replicando a própria pose do quadro. Intitulado "um autorretrato me pintando", a reação foi positiva e ele se viu desafiado a pintar outro quadro "reverberando" a pose dentro de outra pose. Assim nascia toda uma mania de artistas pintando recursivamente as poses dos outros.

Surpreendentemente, a agência de vídeos do governo russo, Ruptly, reportou na semana passada a história de Henry Gonçalves, um jovem de 19 anos, originário de São José do Rio Preto, em São Paulo, por criar em papelão incríveis réplicas de tamanho real de seus modelos favoritos de motocicleta. O jovem, que é entusiasta das motos desde a idade de 15 anos, começou fabricando esquemas e modelos em escala antes de começar a fazer sua primeira réplica de tamanho real, uma Honda CB 600 F Hornet, que precisou de 10 meses para terminar.

Desde a cidade de Nova York até o Azerbaijão e Kristianstad, na Suécia, a artista e pintora Lula Goce transforma paredes em branco em obras de arte etéreas que ilustram as maravilhas da infância. Seus murais mesclam representações fotorrealistas de temas adolescentes com ambientes de outro mundo: plumas de flores e trepadeiras se enrolam em torno das figuras, criaturas emergem das plantas e paisagens que serpenteiam nas mãos das crianças.

Rosa Andreeva, artista do bordado e da fibra de Moscou, cria jardins pitorescos com tufos de musgo, pólen flutuante e xícaras de chá rachadas. Cheios de caprichos, os bordados densos equilibram os pontos justos com as pontas soltas que formam as cabeças de cardo tridimensionais, amores-perfeitos, violetas e vários florais. Para criar as cenas de contos de fadas, Rosa primeiro esboça a flora e a fauna em seu tecido e, em seguida, sobrepõe os detalhes texturizados com fios e contas.

Uma das características mais patentes das bonecas é que, normalmente, não têm lá um aspecto muito realista, sobretudo porque são feitas em grande escala. Mas uma artista da Ucrânia, chamada Olga Kamenetskaya, pensa que não deveria ser assim, ao menos com suas próprias bonecas. O que ela faz é retirar a pintura que faz às vezes de maquiagem e lhes empresta personalidade própria, comum aspecto que poderíamos dizer que é bem realista em alguns casos, mas mantendo a caricatura da mesma.

A artista Zihee Tattoo, de Seul, Coreia, adorna a pele com ilustrações coloridas que homenageiam a natureza e a arte. De belas flores a pinturas clássicas, cada tatuagem colorida se assemelha a ilustrações botânicas suaves e delicadas pinturas em aquarela sobre a pele. Embora a variedade de assuntos de Zihee possa ser tradicional, ela ainda consegue alcançar seu estilo contemporâneo distinto ao fundir suas representações pictóricas com formas gráficas e uma paleta de cores vibrantes.