Se você fosse um rato, provavelmente quereria se mudar a viver em Malmö, Suécia. Ali, o artista ou coletivo que se esconde sob o nome de Anonymouse MMX decidiu em um bom dia que era o momento de dar aos pequenos roedores um espaço para o lazer. Assim surgiram as primeiras e diminutas lojas, e depois delas, muitas outras. Como o próprio nome sugere, as identidades individuais do grupo são desconhecidas e curiosamente é homônimo de um antigo anonimizador on-line.

Já não era sem tempo que alguém começasse a experimentar a realidade virtual como espaço artístico para criar pinturas e obras de arte em 3D, como a artista japonesa Aimi Sekiguchi. Podia parecer futurístico poucos anos atrás, mas hoje em dia não é descabelado pensar que em um futuro bem próximo poderemos ver galerias de arte imersivas onde poderemos entrar e passear dentro das obras artísticas, dado que isso já é plenamente possível na atualidade. Confira esta pintura 3D em realidade virtual de Aimi, por exemplo. Muito legal!

Segundo o artista, que vive na Nova Zelândia, como conta em seu perfil do YouTube e se chama dP Art Drawing, ele necessitou de 62 dias para desenhar os 1093 esboços a lápis individuais necessários para fazer esta animação de folioscópio que recria a memorável cena de Mark Ruffalo "Estou sempre zangado". Foram necessários mais 33 dias adicionais para fotografar todos os desenhos e montar em este vídeo.

O curta-metragem "Transfiguração" é uma reformulação do clássico homônimo do estúdio Universal Everything, de 2011. O curta foi exibido pela primeira vez na primeira grande exposição individual do estúdio Super-Computer Romantics, em La Gaite Lyrique, Paris. Agora completamente refeito usando o mais recente software de efeitos visuais processuais, a arte atualizada traz nova vida à figura ambulante em constante evolução, com uma nova trilha sonora baseada Simon Pyke.

Tudo começou com um pouco de óleo sobre tela, que o artista Seamus Wray chamou de "um autorretrato me pintando". A recepção foi positiva no Instagram e Reddit, onde inclusive criaram um fio onde todos podiam participar se pintando em um quadro de alguém se pintando em um quadro... Seamus criou então um segundo quadro chamado "Precisamos ir mais fundo", frequentemente citado no filme Inception, que reverberou por toda a seção de comentários nas duas redes sociais.

As pinturas de Garip Ay ganham vida da maneira mais extraordinária. O artista turco usa uma técnica ancestral chamada Ebru, que é uma dos métodos turcos mais tradicionais para a gravação de imagens através da pintura na água. A técnica consiste em misturar pigmentos líquidos naturais, usando ox-gall, um reagente umectante que faz com que a tinta flutue e não se misture com a água, que vão dar a base para criar as formas, cores e desenhos da pintura.

O artista Ross McSweeney criou uma bela escultura cinética com madeira que apresenta um pequeno barco flutuando sobre um mar agitado onde cada onda é acionada por um came à medida que elas sobem e arrebentam, horizontal e verticalmente. Três tipos diferentes de peixes parecem saltar das ondas. A escultura agora é movida a manivela, mas Ross disse que originalmente tinha um motor, cujo ruído acabou por irritá-lo e decidiu que a escultura cinética seria manual.

Nós já falamos sobre o incrível talento da artista japonesa Wakuneco. Ela levou a antiga arte da feltragem russa a um novo nível ao criar obras incrivelmente realistas de cabeças de gatos feitas com a lã usando a agulha farpada. Dessa vez ela fez um belo "busto" em memória de Koh-chan, um amado gato de rua que foi resgatado da fome por um ser humano gentil. Wakuneco já havia criado um retrato de Cha-kun, outro gato de rua que também foi salvo pela mesma pessoa e achou que Koh-chan deveria ter um também.

Com base em uma gravação de áudio de uma viagem que fez à Amazônia em 2016, o artista australiano Andy Thomas interpreta trinados, e cantos de pássaros através de uma série animada de esculturas digitais. Uma extensão de um projeto anterior, “Visual Sounds of the Amazon 2”, é uma renderização abstrata composta de pontos de ruptura, neblinas ondulante e flashes de formas amorfas que correspondem aos sons das aves. A cada gorjeio, as massas fugazes se contorcem, crescem e desmontam em uma forma nova e vibrante.

A artista têxtil portuguesa Vanessa Barragão, natural de Albufeira, no sul do país, apresentou uma verdadeira obra prima da tapeçaria, que tem 12 metros quadrados, medindo 6 x 2 metros. Feito à mão com técnicas ancestrais, como gancho de trava, crochê e feltragem, o tapete foi tecido a base de juta, algodão e 42 kg de lã reciclada. Vanessa e sua equipe necessitaram de 520 horas para tecer a peça. A bela obra hoje se encontra exposta no aeroporto de Heathrow, em Londres, como resultado de uma parceria entre Heathrow e Kew Gardens que levou Vanessa a criar obras de arte em larga escala em seu estúdio localizado na sua cidade natal.

O nome do espetáculo é "Celui qui tombe" ("Aquele que cai") e foi criado pelo coreógrafo francês Yoann Bourgeois com base na premissa de um desafio de encontrar o próprio eixo e de se manter nele de pé enquanto o mundo gira sem parar. Ali os bailarinos devem lutar contra a gravidade, tentando manter o equilíbrio, enquanto seu corpo está sendo arrastado para fora pelas forças centrífugas de uma plataforma de madeira que além de girar, ás vezes, também se inclina. O espetáculo foi criado em 2014 para ser apresentado na abertura da Bienal de Dança de Lyon e desde então viajou o mundo.

O artista italiano Franco Clun usa apenas lápis e papel para criar seus retratos incrivelmente realistas que podem ser facilmente confundidos com fotografias, dado a riqueza de detalhes de seus traços. Acredite ou não, ele é um mestre do desenho autodidata que nunca estudou arte na vida. Aqui no MDig sempre achamos fascinante a arte do hiperrealismo e a coleção de artigos sobre este gênero de arte incrível que já postamos ao longo dos anos é a prova inconteste disso.