![]() | A maioria dos caranguejos anda de lado, mas alguns ainda preferem andar para a frente, como os pesados caranguejos-aranha, que usam as pontas afiadas das pernas para escalar paredões rochosos, e os caranguejos-eremitas, que carregam suas conchas marinhas nas costas. O restante andam de lado porque suas pernas rígidas estão presas às laterais de seus corpos largos e achatados, e suas articulações só se dobram para os lados. Essa anatomia única faz com que o movimento lateral seja a maneira mais eficiente e rápida de se movimentar. |

O movimento lateral também permite que eles naveguem rapidamente pelo ambiente se espremendo entre fendas e evitando predadores.
Acredita-se que os caranguejos evoluíram de um antigo corpo de crustáceo que, como o de camarões e lagostas, incluía uma cauda grande. Embora esse apêndice permita à lagosta nadar para trás rapidamente quando confrontada com um predador, ele é pesado e desajeitado, especialmente fora d'água.
Isso também significa que elas só conseguem andar para a frente, o que não é o ideal. Não só é mais lento, mas como as pernas longas da lagosta estão dispostas em duas fileiras de cada lado do corpo, elas tendem a atrapalhar umas às outras.
Com a evolução, as caudas dos caranguejos diminuíram drasticamente. Hoje, elas consistem apenas em uma pequena aba presa à parte inferior do corpo. Isso permite que os animais andem de lado, o que é consideravelmente mais rápido.
Os que se movem mais rápido são os caranguejos-fantasmas, mais conhecidos no Brasil como maria-farinha ou siri-padoca. Cientistas do Instituto Scripps de Oceanografia descobriram que a maria-farinha usa os dentes dentro do estômago para "rosnar" para predadores quando ameaçada.
Este "ronco intestinal" é produzido pelo moinho gástrico, uma estrutura com dentes triturantes normalmente usada para processar alimentos, e é uma forma distinta de comunicação, separada dos sons produzidos ao esfregar as garras. Os roncos estomacais são provavelmente usados para defesa a curta distância, transmitindo um aviso de agressão enquanto suas garras estão em luta.
A principal característica externa que os diferencia dos demais decápodes -ordem que reúne os siris e os outros caranguejos- é a modificação de seu último par de apêndices locomotores, que assumem a forma de nadadeiras. Assim os siris possuem uma capacidade maior de locomoção em ambientes aquáticos que seus "primos" caranguejos, que têm a vida limitada a substratos como areia, rochas, e outros.
Seus corpos leves também permitem que eles se movam rapidamente para fora da água, para que possam procurar alimento na praia, e algumas espécies até evoluíram para caranguejos terrestres.
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