Um dos menores primatas, o sagui-cabeça-de-algodão (Saguinus oedipus) é facilmente reconhecido pela longa crista sagital branca que se estende da testa aos ombros. A espécie é encontrada apenas em bordas de florestas tropicais e florestas secundárias no noroeste da Colômbia, entre os rios Cauca e Magdalena ao sul e leste, a costa atlântica ao norte e o rio Atrato a oeste, onde é arbórea e diurna. Sua dieta inclui insetos e exsudatos vegetais, e é um importante dispersor de sementes no ecossistema tropical. |
Os também conhecidos por micos-titi foram exaustivamente estudados devido ao seu alto grau de cuidado parental compartilhado, assim como de comportamento altruístas e rancorosos. A comunicação é sofisticada e mostra evidência de estruturas gramaticais.
O sagui-cabeça-de-algodão é um primata altamente social que normalmente vive em grupos de dois a nove indivíduos, mas pode atingir até 13 membros. Esses pequenos grupos familiares tendem a flutuar em tamanho e composição de indivíduos e uma clara hierarquia de dominância está sempre presente dentro do grupo.
À frente do grupo está o casal reprodutor. O macho e a fêmea neste par estão tipicamente em um relacionamento reprodutivo monogâmico e juntos servem como líderes dominantes do grupo.
Os pares dominantes são os únicos reprodutores dentro de seus grupos, e a fêmea geralmente tem autoridade sobre o macho reprodutor. Embora os membros do grupo não reprodutores possam ser descendentes do casal líder, os adultos imigrantes também podem viver e cooperar com esses grupos. Acredita-se que esse agrupamento social em micos-titi surja da pressão de predação.
Os saguis-cabeça-de-algodão exibem um comportamento pró-social que beneficia outros membros do grupo, e são bem conhecidos por se envolverem em reprodução cooperativa por meio do qual os adultos subordinados do grupo ajudam na criação da prole do par dominante.
A fêmea dominante tem mais probabilidade de dar à luz gêmeos não idênticos do que um único, então seria muito caro energeticamente para apenas um par criar os filhotes. Para evitar que as fêmeas mais jovens e subordinadas do grupo se reproduzam, a fêmea dominante usa feromônios que suprime o cio das outras e atrasa a puberdade.
Machos não relacionados que se juntam ao grupo podem liberar as fêmeas dessa supressão reprodutiva; isso pode resultar na gravidez de mais de uma fêmea do grupo, mas apenas uma das gestações será bem-sucedida.
Acredita-se que até 40.000 saguis-cabeça-de-algodão foram capturados e exportados para uso em pesquisas biomédicas antes de 1976, quando passou a ter o mais alto nível de proteção e todo o comércio internacional foi proibido. Agora, a espécie está em risco devido à destruição em larga escala do habitat, já que a floresta de planície no noroeste da Colômbia, onde o mico-titi é encontrado, foi reduzida a 5% de sua área anterior. Atualmente é classificado como criticamente ameaçado e é um dos primatas mais raros do mundo, restando apenas 6.000 indivíduos na natureza.
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