Jesus Cristo: assim que você ouve essas palavras, presumindo que não sejam usadas de forma exclamativa, você vê um rosto. Em quase todos os casos, esse rosto é barbudo e emoldurado por longos cabelos castanhos. Geralmente tem características fortes e um tanto nítidas e uma expressão de benevolência, paciência, fraca expectativa ou, dependendo da tradição cristã relevante, agonia completa. Quaisquer que sejam os detalhes de sua aparência, mesmo os menos religiosos têm um Jesus pessoal em sua imaginação, uma combinação das muitas representações que vimos ao longo de nossas vidas.

Houve um tempo em que imaginávamos que a maioria das esculturas antigas nunca tinha qualquer cor, exceto a da pedra da qual foi talhada. A dúvida recaiu sobre essa noção já no século XVIII, quando escavações arqueológicas em Pompéia e Herculano trouxeram à tona estátuas cuja cor havia sido preservada, mas só nos últimos anos ela passou a ser apresentada como um mito destruído. Embora as estátuas antigas que estão nos museus hoje sejam predominantemente brancas, suas características de mármore já foram inundadas de tons brilhantes: uma técnica conhecida como policromia.

Durante séculos, os marinheiros passaram longas horas em mar aberto, transformando elementos da natureza em belas artes. A bordo dos navios baleeiros surgiu o scrimshaw, uma tradição de arte popular que transformava dentes e ossos de baleia em intrincados objetos esculpidos. Os baleeiros gravaram cenas detalhadas da vida marítima, as emocionantes perseguições às suas presas e retratos dos suas namoradas e familiares nos dentes dos cachalotes. Agora, os cachalotes são uma espécie protegida e ameaçada de extinção e é ilegal possuir ou vender suas partes; hoje, os scrimshanders esculpem réplicas de dentes feitos de resina.

- "Nosso papel como artistas é sempre buscar a luz", diz o artista urbano francês JR sobre o segundo ato de seu projeto "Retour à la Caverne". - "Nós sabemos uma coisa: você não afasta a escuridão com mais escuridão. Você o afasta com luz, por menor que seja." O trabalho ao qual ele se refere, porém, está longe de ser pequeno. Cobrindo o Palais Garnier de Paris enquanto o edifício está em construção, "Retour à la Caverne" é uma enorme fachada trompe l'oeil, cuja primeira parte representa uma caverna esculpida na grande estrutura que abriga a ópera.

Quando Frédéric Chopin compôs os Noturnos, Op. 9 entre 1830 e 1832, quando tinha cerca de 20 anos, a única forma das pessoas ouvi-los era através de um pianista ao vivo. Quase dois séculos depois, o segundo Noturno de sua série inspirou uma obra de arte digital onírica que você pode assistir e ouvir em qualquer lugar. O vídeo é do artista visual francês Thomas Blanchard. Acompanhado pelo Noturno No. 2 em Mi bemol maior de Chopin, apresenta bolhas iridescentes girando em mares de cores brilhantes. Os visuais hipnotizantes combinam perfeitamente com a suave melodia do piano.

Nos 250 anos desde a sua fabricação no estúdio do joalheiro e empresário James Cox, o autômato Cisne-Prateado tem seduzido os espectadores. Com efeito, é uma autêntica maravilha de desenho próprio de joalheiros e de mecanismos de especialistas em relojoaria. A escultura mecânica continua a cumprir o seu propósito original, concebida para atrair multidões para a oficina do artista na Londres do século XVIII, que também serviu como um pequeno museu. Hoje, é um residente icônico do Museu Bowes no Castelo Barnard, no condado de Durham, Reino Unido.

O artista e designer Chris Wolston conceitua as possibilidades de fundir o corpo humano com a forma de uma cadeira. Saindo de seu segundo estúdio em Medellín, Colômbia, a série Nalgona de Chris destaca a tradição e a abundância de vime, do país sul-americano. Ele se pergunta por que os móveis tradicionais criados para as pessoas relaxarem e descansarem carecem de qualidades humanas. - "Não seria bom abraçar essas semelhanças?" pergunta uma declaração descrevendo sua recente linha de cadeiras, que tenta corrigir os problemas que ele vê nos modelos de assentos convencionais.

Em 1975, Paolo Dal Poggetto, diretor do Museu das Capelas dos Médici, em Florença, esperava criar uma nova saída para os visitantes do local quando se deparou com um alçapão. Escondido sob um guarda-roupa, levava a um quarto esquecido que antes era usado para armazenar carvão até ser lacrado em 1955. Dal Poggetto tinha um palpite de que era algo mais. Ele removeu a cobertura de gesso da sala, revelando uma visão deslumbrante: a sala estava coberta com dezenas de desenhos a carvão e giz. Dal Poggetto estava convencido de que Michelangelo era o artista por trás das obras.

Quando você pensa em artesanato japonês em papel, o origami é provavelmente a primeira forma de arte que vem à mente. Se você conhece essa prática milenar, sabe que uma obra de arte com base no origami é criada manipulando uma única folha de papel com nada além de uma série de dobras estratégicas sem conte ou cola. Embora esta seja a abordagem mais conhecida da forma de arte antiga, também existem adaptações, como, por exemplo, o kirigami, uma variação do origami, que oferece um pouco mais de liberdade criativa ao permitir que os artistas cortem e recortem suas criações em papel.

Peça por peça, camada por camada, este vídeo de time-lapse de dez minutos captura o artista japonês de LEGO, Jumpei Mitsui, montando uma escultura gigante da famosa xilogravura feita em 1832 pelo mestre japonês Hokusai, "A Grande Onda de Kanagawa", ao longo de 400 horas. Jumpei observou vídeos de "A Onda" no YouTube durante horas e leu artigos acadêmicos sobre o gravurista do período Edo, Katsushika Hokusai, para entender melhor suas formas e energia. O modelo tridimensional de Jumpei foi feito com cerca de 50.000 peças e foi instalado mais recentemente no Museu de Belas Artes de Boston.

Há alguns anos, apresentamos aqui no MDig a arte japonesa do kintsugi (literalmente ""carpintaria com ouro" em japonês), cujos praticantes consertam cerâmica quebrada com ouro de uma maneira que enfatiza, em vez de esconder, as rachaduras. Desde então, a ideia parece ter capturado a imaginação ocidental, inspirando não poucas pesquisas on-line, mas também livros e manuais. Mas, como nos lembra o kintsugista Yuki Matano, o kintsugi é visto como uma técnica de reparo refinada no Japão. Os japoneses geralmente não associam o kintsugi à arte-terapia ou à saúde mental.

Seis pinturas roubadas de uma prefeitura em Medemblik, na Holanda, no mês passado reapareceram na porta do renomado detetive de arte Arthur Brand. Conhecido como o "Indiana Jones do mundo da arte", Arthur é famoso por suas investigações bem-sucedidas. Nos últimos anos, ele localizou diversas obras de arte valiosas, incluindo uma pintura de Picasso, um mosaico do século VI e duas estátuas de cavalos adoradas por Adolf Hitler. Ultimamente, porém, suas recuperações têm sido mais fáceis. No mês passado, alguém entregou um Van Gogh roubado embrulhado em uma sacola da Ikea na casa de Arthur em Amsterdã.