Enquanto estava na floresta tropical da Costa Rica, o fotógrafo da vida selvagem David Weiller gravou imagens aéreas absolutamente lindas de uma cachoeira azul turquesa brilhante e cristalina que despenca de uma alta falésia verde, dando a impressão que é um cenário de conto de fadas. Seria normal pensar que as águas desta cachoeira são o resultado de sedimentos minerais do derretimento de alguma geleira a montante, mas não na Costa Rica. Ainda assim essa cor deslumbrante se deve as partículas minerais esbranquiçadas, nesse caso, de grandes concentrações de aluminossilicato.

O lago Athabasca é considerado o oitavo maior do Canadá, situado ao norte do país entre as províncias de Alberta e Saskatchewan. A zona foi até no início da década de 1980 profusa em minas de minerais radioativos, e boa mostra disso é o nome de algumas das cidades que o rodeiam, como Uranium City. Ao longo da margem sul do lago, que tem uns 100 quilômetros de comprimento, se estende um dos fenômenos naturais e geológicos mais interessantes do mundo: as dunas de Athabasca, hoje um parque protegido, que são consideradas entre as dunas ativas mais setentrionais do planeta.

Ainda que continuem surpreendendo e encantando, nós estamos já um pouco acostumados a ver lagos de cor rosa-chiclete profundo devido a proliferação de algas e bactérias, mas em um rio? Sim o impressionante Rio Vermelho de Cusco, Peru, é um desses fenômenos que parecem coisas de outro mundo. Ele é conhecido localmente como palquella pucamayu, do quechua "pequeno ramo de rio vermelho". Este peculiar curso d'água corre vermelho por cerca de 5 quilômetros antes de se combinar com alguns outros riachos e pequenos rios locais, momento em que a cor se dilui e perde sua tonalidade única.

Talhar uma escada na rocha de uma montanha é uma indubitável ajuda para fazer a subida, especialmente para quem não tenha experiência em escalada. Agora bem, descer depois talvez não seja tão fácil; ao menos não tanto como poderia parecer a priori. Se não acreditam em mim vejam o vídeo ao final deste artigo de intrépidos turistas -alpinistas não são, tendo em conta sua equipe- descendo os 700 degraus do Kalavantinicha Sulka, um pico de paredes quase verticais onde os degraus, úmidos pela chuva, convidam ao escorregão e prometem uma descarga de adrenalina quase tão grande como a da própria altitude.

Ani foi uma cidade armênia de origem medieval que chegou a ter entre 100.000 e 200.000 habitantes, um perímetro murado com até 40 portões e tantos edifícios religiosos que era conhecida como a cidade das 1001 igrejas. Hoje é um vasto paramo deserto salpicado de ruínas e esquecido. O problema é que a conjuntura política a deixou na parte turca da fronteira com a Armênia. Não são muito claras as origens de Ani, mas se sabe que a localidade foi crescendo a partir de uma posição estratégica situada sobre uma colina, já descrita pelos cronistas armênios no século V.

Na Índia ocorre algo parecido às grandes seleções de futebol: em seus países, pelo geral, há tantos jogadores bons que o treinador tem problemas de descartar alguns ou não convocar outros. Pois essa nação sendo quase um minicontinente, a quantidade de maravilhas naturais ali existentes se sobrepõem entre si e só percebemos a ponta do iceberg, de maneira que outras muitas passam despercebidas. Isto é o que ocorre, por exemplo, com o Forte Harihar: um formidável batólito que se eleva a 1.120 metros de altitude com uma meseta pétrea coroada por uma fortaleza.

Christian Harris, especialista em fotografia de paisagem e céu noturno, natural de Licking, no estado norte-americano de Ohio, é "caçador profissional de Luzes do Norte" que viaja pelo mundo em busca da aurora boreal. Mais recentemente, fotógrafo esteve em Coldfoot, no Alasca, onde capturou imagens inspiradoras das luzes do norte. Cortinas móveis de luz verde e branca parecem estar se movendo bem sobre sua cabeça. Até o próprio Christian, que já está acostumado com o espetáculo de luzes, disse ter ficado pasmo com o que ele presenciou, como evidenciam suas exclamações nos vídeos que compartilhou no Instagram.

Majestoso é uma palavra que nos vem à mente imediatamente após ver o portfólio de fotografias de paisagens de Andy Lee. Em uma viagem realizada em 2018 para o Chile, especificamente para onde a Terra "se acaba", nos confins do mundo, as fotografias do cenário arrebatador, realizadas por Andy, abraçam o poder e a glória solene da beleza natural de um mundo mágico e misterioso cheio de uma riqueza visual inimaginável. Em contraste com suas séries anteriores mostrando paisagens dramáticas da Europa a partir de uma perspectiva mais obscura, a fotosérie, "Patagonia Dreaming", adota uma atmosfera mais leve e um pouco mais tranquila.

No coração da cidade de Erbil (ou Arbil), capital da região autônoma do Curdistão iraquiano e da província e distrito de Erbil, encontra-se um antigo monte com cerca de 25 a 30 metros de altura das planícies circundantes. No topo deste monte encontra-se uma das cidades mais antigas do mundo. Conhecida como a Cidadela de Erbil, este forte, medindo 430 por 340 metros com 102.000 metros quadrados de área útil, está ocupado continuamente desde pelo menos o quinto milênio a.C., e possivelmente antes, sendo esta uma das mais antigas localidades continuamente habitadas do mundo.

Por muito tempo ofuscado por seu vizinho mais longo ao leste, este é o segundo maior muro contínuo do planeta e se estende maciçamente por 36 quilômetros. Alguns o chamam pelo nome do forte que rodeia, o Kumbhalgarh (literalmente " forte de Kumbhal "). Outros simplesmente se referem a ela como a Grande Muralha da Índia. O fato desconcertante é que o local ainda é pouco conhecido fora de sua própria região. Patrimônio Mundial da UNESCO desde 2013, o forte foi supostamente construído durante o século XV por Rana Kumbha.

Embora os arqueólogos classifiquem as requintadas necrópoles de Mirra, em Demre, Turquia, como clássicos da cultura lícia, os elementos mais bonitos do local são alguns de seus detalhes tocantes e humanizadores. Datado do século IV a.C., os túmulos escavados na rocha alinham-se nas colinas acima do famoso teatro de Mirra e da Igreja de São Nicolau. Essas casas dos mortos são divididas em duas necrópoles principais compostas por uma mistura de túmulos em estilo de casa e templo: a necrópole oceânica e a necrópole fluvial. A oceânica fica a noroeste do teatro. A fluvial, a 1,5 km subindo o rio Demre Cayi.

As impressionante cor azul-turquesa deste belo lago, aninhado entre os picos da cordilheira Karakoram, no norte do Paquistão, escondem sua origem violenta. Em janeiro de 2010, um grande deslizamento de terra, possivelmente causado por um terremoto, desabou nas montanhas e enterrou a vila de Attabad, no vale de Hunza, na região de Gilgit Baltistan, a cerca de 760 km de Islamabad. Rochas e solo danificaram a área de drenagem do rio Hunza, que rapidamente criou um novo lago, deslocando cerca de seis mil pessoas e danificando mais de 20 km da rodovia Karakoram. Essa rodovia era a única conexão com essa região remota.