Uma efusão de cravos, bulbos de lavanda, rosas em tons radiantes, tulipas amarelas e samambaias verdes brilhantes compõem os buquês de flores de açúcar arquetípicas que adornam os bolos de Julie Simon. Um produto da visão criativa incrivelmente fecunda da artista, eles fazem suas criações parecerem mais pinturas do que doces. Com efeito, os bolos de Julie evocam as naturezas mortas barrocas de mestres holandeses como Ambrosius Bosschaert.

O bispo colonial navarro Juan Cruz Ruiz de Cabañas de Guadalajara, no México, fundou o Hospicio Cabañas em 1701 para servir não apenas como hospital, mas também como igreja, orfanato e asilo para os habitantes mais pobres da cidade. De fato, o local serviu de lar para órfãos e desvalidos até 1980. No entanto, em 1796, o edifício original precisava de uma expansão e reforma, então as autoridades coloniais contrataram o renomado arquiteto espanhol Manuel Tolsá para construir o edifício. Nenhuma despesa foi poupada.

Às vezes, um artesão é tão bom que o resultado da sua arte chega até a ser um pouco assustador. Michael Zajkov é um desses tais artistas. As faces de suas bonecas artísticas são tão realistas, que causam uma certa perturbação vê-lo mantendo a cabeça de uma em suas mãos. Quando olhamos alguns bonecos e somos assaltados pela síndrome do "vale da estranheza" resta ainda a certeza de que aquilo não é real, mas quando a aparência se confunde miseravelmente com a realidade, nossa resposta emocional se torna mais positiva, empática e, nesse caso, meio sinistra.

A animação japonesa "Tonari no Totoro, "Meu Amigo Totoro", dirigido e desenhada à mão por Hayao Miyazaki, é uma visão encantadora do mundo natural com o senso de admiração infantil, sugerindo que a maravilha da vida e os recursos da imaginação fornecem toda a aventura necessária, enquanto acompanha Totoro mostrando um mundo fantástico às irmãs Mei e Satsuke. Não é por acaso que o filme seja considerado um dos melhores filmes infantis e número um das maiores animações fazendo de Totoro de barriga redonda todo um ícone.

Embora normalmente usado como um veículo para mídia artística, as possibilidades criativas do papel em si não podem ser negligenciadas. O artista di origami Chris Conrad sabe disso muito bem. Ele é conhecido por suas intrincadas esculturas de origami feitas de uma única folha de papel. Uma de suas peças mais recentes e impressionantes é um matador de dragões criado a partir de um quadrado não cortado de papel wenzhou pintado de 70 centímetros. A obra é tão rica em detalhes que, à primeira vista, parece uma escultura impressa em 3D ou uma criação em argila.

Existe uma arte, mais popular na Rússia do que em outro lugar, chamada "feltragem" que usa os fios da lã de coelho (mais usada nesse caso), ovelha, camelo e castor. Uma dupla de São Petersburgo, chamada MamaDocha, formada pelas amigas artistas Anna Kolesnikova e Irina Khokhlova, se dedica a esta arte criando adoráveis brinquedos colecionáveis, onde há de tudo, desde coelhos, ouriços e gatos até ursos e galinhas em sua coleção artística, mas os cãezinhos que elas fazem roubam o coração de qualquer um de tão fofos que são.

Esta é provavelmente a escultura mais fotografada do Museu Salar Jung, em Hyderabad, Índia. Popularmente conhecida como a "Estátua Dupla de Mefistófeles e Margaretta", a hipnótica escultura foi esculpida em um único tronco de figueira e tem duas imagens distintas em lados opostos. De um lado, um homem, usando capa com capuz, com o peito estufado de forma arrogante olha para a sala. No espelho, atrás dele, vemos uma mulher recatada com a cabeça ligeiramente inclinada enquanto segura um ramo nas mãos.

Em novembro de 2013 descobrimos maravilhados e boquiabertos uma escultura talhada em um tronco de uma árvore velha que durou quatro anos para ser finalizada. Feita pelo artista Zheng Chunhui, de Dongyang, na região central da província de Zhejiang, a obra era uma prova cinzelada da paciência e da capacidade do povo chinês com um escopro na mão. Com origens que remontam a antiquíssima Dinastia Tang -por volta do ano 700-, as esculturas em madeira de Dongyang são consideradas por muitos como uma das formas mais elegantes de escultura em alto relevo do mundo e um tesouro nacional.

A pintura com chamas é uma forma de arte única que pode transformar uma simples folha de cobre em uma obra-prima colorida. O cobre é a tela e o maçarico é a tinta e pincel. Com uma tocha de chama ajustável, é possível decidir o nível de detalhe que se deseja incorporar ao projeto. A pintura foi inventada por um cara chamado Skip Mathews. Sempre que ele soldava, notou que havia algumas cores ao redor das marcas de solda. Alguns anos depois ele por fim percebeu que essas cores eram a parte de redução da sua tocha. Assim ele passou dez anos não fazendo nada além de borboletas para aperfeiçoar o processo.

O artista canadense Calvin Nicholls, com suas delicadas esculturas de papel, é o artífice preferido do MDig nesse segmento de obras elaboradas e intrincadas. Exatamente por isso, o site tem diversos artigos com suas esculturas e quadros em alto relevo em papel. Neste post, em detalhes exatos, uma girafa acaricia seus filhotes e um panda come folhas de eucalipto parecem querer cobrar vida nas esculturas e quadros recortados, vincados e estiletados do talentoso Calvin.

Dependendo de qual direção você se aproxima, você pode encontrar um lince, uma abelha, um martim-pescador ou uma truta na nova instalação pública de Thomas Medicus, com sede na Áustria. Movendo-se ao redor do trabalho, uma imagem se dissolve gradualmente em faixas abstratas de cor antes que uma criatura diferente se monte do outro lado. Conhecido por suas esculturas anamórficas que mudam a cada rotação de 90 graus, o "Human Animal Binary" de Thomas entrelaça mais de 144 tiras de vidro e se concentra em quatro espécies nativas da região do Tirol, na Áustria.

Nas intrincadas composições dobradas de Simon Schubert, barras de luz solar atravessam molduras de portas, cornijas ornamentadas e pisos de parquet em uma complexa interação de formas geométricas. Baseando-se exclusivamente na forma como a luz atravessa a superfície do papel, o artista natural de Colônia, na Alemanha, dobra meticulosamente folhas soltas para renderizar com precisão os ângulos e perspectivas dos interiores arquitetônicos. Ao fazer isso, ele abre uma dimensão às vezes sonhadoramente sugestiva, quase surreal, na qual as fronteiras temporais, espaciais e finalmente locais se dissolvem.