![]() | No final da década de 1990, Roberto "Kaki" Rivas teve uma carreira promissora no mundo do automobilismo. Tendo conquistado o primeiro lugar na categoria TC Pista em sua temporada de calouro, ele chegou à categoria mais alta do automobilismo argentino, a Turismo Carretera, no ano seguinte. Infelizmente, ele foi baleado aos 24 anos, o que o deixou cego e impedido de dirigir. Graças aos amigos que sabiam que seu amor pelo automobilismo nunca havia desaparecido, ele recentemente teve a chance de voltar a pilotar, conforme podemos ver por clipes postados nas redes sociais que mostram o ex-piloto entrando em um veículo off-road. |

Roberto entra no carro em seu próprio ritmo e imediatamente se sente em seu habitat natural ao assumir o volante. São apenas Roberto, seu amigo e a paisagem aberta perto de Pinamar, Buenos Aires. Dado o ambiente, uma grande extensão de dunas de areia à beira-mar chamada La Frontera, fica claro que nem R0berto nem seu amigo correm qualquer tipo de perigo.
- "O que você acha? Devo acelerar?", pergunta Roberto, descaradamente, na legenda de um de seus vídeos. Apesar de ter sido privado dessa emoção por décadas, ele se considera sortudo, pois só perdeu a visão quando foi baleado durante um assalto em 1999. Estilhaços de bala atingiram seus olhos, causando o rompimento do nervo óptico.
Embora Roberto tenha se afastado das corridas, ele permaneceu no mundo dos esportes. Há cerca de 10 anos, ele se voltou para o tênis paralímpico, atraído pelo fato de ser um esporte tão dependente do som e da audição. Agora, ele até chegou à seleção argentina.
- "O bom é aprender a dominar a técnica, representar a Argentina e vestir a camisa, eu adorei. Você tem uma meta a alcançar, um desafio. Eu me propus a ser campeão mundial.", disse ele ao Infobae.
Mesmo depois de ter ficado completamente cego por um quarto de século, ele tem grandes esperanças de que a tecnologia o ajude a enxergar novamente um dia, permitindo-lhe ver o rosto da filha pela primeira vez.
- "Já se passaram 24 anos e hoje eu ainda digo: 'Em algum momento, algo vai surgir, algo será inventado e minha visão provavelmente voltará.'"
Questionado sobre como se sente em relação ao seu estado atual, Roberto afirma estar mais feliz do que nunca.
- "Agora me contento com pouco. Sentado no meu parquinho, tomando chimarrão, sentindo os pássaros, a grama, o sol que me bate, nada, a natureza, o que a vida me dá, as coisas simples", diz ele. - "Eu costumava andar de Ferrari na rua, a 300 quilômetros por hora, a todo vapor, via os anúncios, as corridas, os patrocinadores, os negócios e, falando sério, eu aproveitava a vida? Eu aproveitava o momento? Não sei, duvido."
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