![]() | Para orcas em busca de arenque, dois é melhor do que um. Um estudo publicado na semana passada na revista Current Biology, intitulado "Spatially coordinated predation with division of labor increases feeding success in killer whales" descobriu que os animais caçam em pares e dividem as tarefas com precisão, resultando em capturas mais produtivas. A equipe utilizou drones equipados com câmeras para observar um grupo de 26 orcas na Noruega que caçavam cardumes de arenques migratórios. |

Eles descobriram que os predadores realizam ataques coordenados: um par de orcas =uma maior e outra menor. nadam juntas em direção à presa em ângulos específicos antes de atacar.
= "Elas precisam estar muito bem sincronizadas e muito bem posicionadas para marcar pontos", disse o autor principal, Paolo Domenici, pesquisador do Instituto de Biofísica da Itália.
Nessas caçadas, a baleia maior do par assume a liderança e bate com a cauda no arenque. Esse golpe dessincroniza o cardume, atordoando alguns peixes. Então, a orca menor impede que o arenque nade para longe e ambos as orcas compartilham sua recompensa.
Orcas solitárias são predadoras formidáveis, mas essas caçadas cooperativas são mais bem-sucedidas do que aquelas conduzidas individualmente.
- "Quando caçam em pares, permanecem no local de alimentação o dobro do tempo. Portanto, claramente há muito mais comida", disse Paolo. - "Depois de capturarem suas presas, as orcas desistem da formação."
Os machos tendem a caçar em pares com mais frequência do que as fêmeas, embora mais observações sejam necessárias para confirmar isso. Pesquisas futuras também podem ajudar a entender por que essa diferença pode existir.
As orcas também parecem ter favoritos quando se trata de parceiros de caça. No estudo, os autores observam que as orcas formam pares com "parceiros preferenciais" com os quais podem compartilhar laços sociais por décadas. alguns deles provavelmente são parentes próximos.
Essa preferência provavelmente permite que os animais pratiquem e aperfeiçoem seu posicionamento ao longo dos anos, aumentando suas chances de sucesso. Pares de caça de longo prazo também foram observados em baleias jubarte, sugerindo que os relacionamentos sociais têm um papel mais importante no comportamento de forrageamento do que se pensava anteriormente.
A equipe propõe que essa estratégia de caça conjunta decorre da pressão da caça em águas rasas. Nessa área costeira, barcos e outras atividades humanas também podem impactar o comportamento alimentar dos animais.
Entender como as orcas caçam em condições naturais, escreve a equipe no estudo, pode ajudar a embasar estratégias de manejo para protegê-las da interferência humana que pode forçar mudanças em seu comportamento.
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