Há mesmo restos mortais no Túmulo do Soldado Desconhecido?

O Túmulo do Soldado Desconhecido é um monumento simbólico, presente em várias nações, que homenageia os soldados mortos em guerra cujos restos mortais não puderam ser identificados. Existem exemplos notáveis em Arlington (EUA), sob o Arco do Triunfo (França), na Abadia de Westminster (Reino Unido), em Roma (Itália), no Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro, cada um servindo como um memorial nacional para o sacrifício de seus soldados. A vigilância constante e as cerimônias de troca de guarda são rituais comuns para honrar esses heróis.

Os túmulos do Soldado Desconhecido servem para proporcionar um local de descanso simbólico para todos os militares não identificados e desaparecidos que fizeram o sacrifício supremo

São um local de luto nacional e reflexão sobre o serviço e o sacrifício de todos aqueles que deram a vida pelo país, honrando aqueles cujos restos mortais não puderam ser identificados ou encontrados.

Esses túmulos, criados inicialmente após a Primeira Guerra Mundial na França e no Reino Unido, servem como um poderoso símbolo de que a nação jamais esquecerá o serviço prestado por aqueles que os serviram.

O mais famoso deles, o de Arlington, abriga o corpo de três soldados representando militares não identificados da Primeira Guerra Mundial, da Segunda Guerra Mundial e da Guerra da Coreia.

O jazigo da Guerra do Vietnã permanece vazio depois que os restos mortais foram identificados por meio de testes de DNA como sendo do Primeiro-Tenente Michael J. Blassie, que foi posteriormente exumado e reenterrado em outro cemitério polis deixou de ser "desconhecido".

Para demonstrar que o sacrifício não foi esquecido, o túmulo é guardado 24 horas por dia, 7 dias por semana, para a nação se lembra e honra esses indivíduos, mesmo que seus nomes sejam desconhecidos.

A posição de sentinela no Túmulo do Soldado Desconhecido é muito cobiçada, porque representa a mais alta honra e um profundo senso de dever, exigindo extenso treinamento e dedicação para manter a santidade do memorial.

Guardar o Túmulo é considerado um privilégio, pois homenageia todos os militares falecidos em combate e os não identificados. Os sentinelas personificam as tradições do Exército e o respeito da nação por sua história militar.

O trabalho é exigente física e mentalmente, envolvendo movimentos precisos e cerimoniais, além de protocolos rigorosos. Esse nível de disciplina e perfeição é motivo de grande orgulho para aqueles que desempenham essa função.

A função é dedicada a impedir qualquer profanação ou desrespeito ao Túmulo, uma missão considerada sagrada pelos sentinelas.

O Brasil é uma das poucas nações que tem um Túmulo do Soldado Desconhecido em terras estrangeiras. Além do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial no Rio de Janeiro, há um na Itália, o Monumento Votivo Militar Brasileiro em Pistoia, que abriga um túmulo com os restos mortais de um soldado brasileiro desconhecido da Segunda Guerra Mundial.

Aconteceu que em 1960, o governo brasileiro decidiu repatriar os restos mortais dos 462 caídos que foram sepultados perto de Pistoia, na área de San Rocco.

Somente ao final das obras do Monumento Nacional aos Mortos da Segunda Guerra Mundial encontraram o corpo de um último soldado que não havia sido transferido para o Brasil. Não foi possível identificar o soldado abatido e por isso decidiu-se deixá-lo em Pistoia como soldado desconhecido.

O monumento, cuja manutenção está a cargo do governo brasileiro, foi visitado ao longo dos anos por embaixadores e presidentes brasileiros.