Por muito tempo o hiperrealismo (ou fotorrealismo) foi depreciado pelos críticos e pelos próprios artistas da pintura contemporânea, com seus quadros estranhos e sem nenhum sentido. Ainda hoje é muito comum ver algum babaquara afetado dizendo que o fotorrealismo nada mais é que a "... fotografia conduzindo o 'copista' em função de como a tecnologia, em forma de câmera, decidiu interpretar as cores, as luzes e as sombras" or or any other shit...

Este vídeo compilatório serve muito bem para ilustrar o argumento da teoria de que estamos vivendo em uma simulação informática. Se em 40 anos saímos de alguns rabiscos na tela até chegar ao hiperrealismo de hoje nos videogames de Fórmula 1, daqui a alguns anos não poderemos mais discerni-lo da realidade. No início, os joguinhos de corrida eram compostos basicamente por pontos brancos em uma tela preta. Desde então foram melhorando até alcançar o aspecto fotorrealista da atualidade.

Nós já vimos no MDig um monte de artistas criando retratos que parecem fotografias, mas poucos chegam realmente perto da coisa real sem evocar o vale da estranheza como Sheryl Luxenburg. Seu trabalho é apropriadamente chamado de "hiperrealismo", suas pinturas são muito reais para ser verdade. Você provavelmente precisará olhar para eles durante minutos para detectar uma característica que não pareça absolutamente natural.

O artista italiano Franco Clun usa apenas lápis e papel para criar seus retratos incrivelmente realistas que podem ser facilmente confundidos com fotografias, dado a riqueza de detalhes de seus traços. Acredite ou não, ele é um mestre do desenho autodidata que nunca estudou arte na vida. Aqui no MDig sempre achamos fascinante a arte do hiperrealismo e a coleção de artigos sobre este gênero de arte incrível que já postamos ao longo dos anos é a prova inconteste disso.

Efetivamente, é uma dessas criações que deixam você com a boca aberta por seu hiperrealismo. De fato, já vi atores em filmes de Hollywood com menos expressividade que estas caras. Nos últimos segundos do segmento de vídeo é possível ver como é a construção geométrica do rosto animado, sob cuja pele e músculos há uma malha de modelamento, que permite a pós renderização. Os modelo, a animação e a composição foram feitos utilizando o Blender com Krita, mas a renderização foi feita com Cycles. Ainda que seja breve, os 30 segundos de animação requereram 4 dias e meio de trabalho em um PC comum.

Alguns dias atrás lemos a história da artista Paige Bradley que foi obrigada a se reinventar para ver sua arte reconhecida. Assim como os críticos e curadores tem costume de torcer o nariz para o figurativismo de Paige, fazem o mesmo com a pintura hiper-realista, dizendo que não é arte e sim uma cópia da realidade, ou seja, dizem que o pintor tem talento, mas não artístico senão copista.

O artista autodidata português Samuel Silva, referência on-line no desenho hiperrealista com canetas esferográficas, diz que estas canetas são muito subestimadas. Para quem sabe usá-las, como ele, são um meio poderoso. Marite Desaine, uma artista da Letônia, engrossa o coro e diz que na verdade não se trata do que você usa, senão como se usa. Ainda que seu metiê não seja o hiperrealismo, suas obras são únicas e parecem carregar sua assinatura.

Os retratos do artista alemão Philipp Weber vão fazer você olhar duas vezes. Suas obras hiperrealistas são tão realistas que, às vezes, é impossível dizer se são uma pintura ou uma fotografia. Mas o incrível retrato de Philipp é todo feito à mão com tinta a óleo e pincéis minúsculos. Cada detalhe é considerado, desde contas de água brilhantes até a penugem de fibra em uma capa. Cada elemento, embora minúsculo, contribui para o aspecto cinematográfico das pinturas. Ele costumam empregar personagens fantasiados em meio a momentos de ternura ou contemplação.

É necessário um grande artista para mostrar o verdadeiro poder que tem um lápis e definitivamente o canadense Randy Hann é um desses artistas. Sua atenção aos detalhes se traduz em desenhos de tirar o fôlego, que mais parecem filmados com uma câmera profissional do que com um simples lápis. Randy Hann é sim um dos mais talentosos artistas do hiperrealismo canadenses de nosso tempo.

O último ano foi complicado para quase todo mundo, inclusive àqueles que gostam de se manter em forma vendo as academias, que frequentavam, fechadas durante meses devido a pandemia. Sem poder se exercitar com frequência depois de tanto tempo muitos devem estar exibindo o famoso "chassis de grilo. No entanto, na China criaram uma solução rápida e divertida graças à qual todo mundo pode parecer musculoso sem precisar de longos meses de duros treinamentos: os trajes de silicone Smitizen, que permitem aos clientes se transformarem em "marombeiros" sem "puxar ferro".