Se escolhemos ter um animal de estimação em nossa vida, sempre devemos valorizar a opção de adotar, por muitos motivos. O primeiro, a enorme quantidade de animais que esperam em abrigos para que alguém lhes abra as portas de seu lar. Mas, como escolher o animal com o qual compartilhar nossa vida? Pode ser complicado e, como costumam dizer, "o livro não deve ser julgado só pela capa". Sobre este tema precisamente fala o curta "Me leva pra casa" que conta a história de uma menina que vai a um refúgio adotar um cão.

As campanhas publicitárias no Natal costumam seguir todas uma mesma linha, a de apelar aos sentimentos de unidade e amor entre os membros da família ou entre amigos. Embora sejam propaganda e seu objetivo principal é nos vender algo, há que lhes render mérito quando se arriscam e vão para além do "compra compra compra". Neste ano tivemos comerciais muito bacanas realizados, em maior ou menor medida, com computação gráfica, muito ao estilo dos filmes de Pixar. Eu gosto muito desta forma, já que se existe uma boa equipe por trás, é possível estampar qualquer ideia do pessoal do marketing de forma magistral e com um orçamento ajustado.

Nos dois magníficos curtas de animação que ilustram este post, o romeno Sebastian Cosor reúne duas obras inquietantes de diferentes épocas e estilos: "O Grito", do pintor expressionista norueguês Edvard Munch, e ?O grande show no céu?, da banda britânica de rock progressivo Pink Floyd. Munch pintou a primeira das quatro versões do famoso quadro, que mostra uma figura andrógina em um momento de angústia profunda e desespero existencial, em 1893. Mais tarde escreveu um poema que descreve a visão sorumbática e apocalíptica que existe por trás dele:

Algumas coisa nunca mudam e isso nem sempre é ruim. Assim como os belos comerciais de Natal da John Lewis se repetem a casa ano (e cada vez melhores), o comercial de Natal da Loteria El Gordo, na Espanha, é uma tradição quase tão arraigada, quanto comer panetones no fim de ano. Toda esta expectativa ao redor de dita campanha publicitária é devida a criatividade mostrada nos últimos anos. Como o Natal já está ali na esquina o spot publicitário de 2015 também já chegou a internet e dessa vez foi integralmente por computador.

Dica do amigo Antonelle Alves, via e-mail, o agradável e inteligente curta-metragem "Appearance and Reality" revela as sutis diferenças entre a aparência e a realidade em relação ao estado de ânimo e os sentimentos. Dirigido pela húngara Elena Rogova, a animação aborda algo que todos podemos relacionar: a discrepância entre os sentimentos que mostramos para o mundo e os nossos verdadeiros sentimentos ocultos. É que, conforme envelhecemos, colocamos uma máscara visando reprimir nossos sentimentos para parecermos legais ou fortes ou o que quer que seja.

"Coda" mostra as tentativas de uma alma de chegar a um acordo com a morte antes de sucumbir finalmente. Este curta-metragem de animação por fim está disponível on-line; ganhador de múltiplos prêmios e nominado ao Oscar da academia, a obra foi realizada por um pequeno estúdio de animação irlandês, chamado And Maps And Plans. Foram dois anos de duro trabalho estampados em 9 minutos, suficientes para aprofundar nos sentimentos de nossa condição humana e o profundo medo da morte.

O curta-metragem de animação "The Last Knit" (corruptela com "The Last Knight"), escrito e dirigido pela finlandesa Laura Neuvonen, exemplifica o sofrimento que envolvem os comportamentos e pensamentos obsessivos e até onde somos capazes de chegar. Ainda que o apego possa ser considerado bom quando comedido, se torna uma doença quando se converte em uma obsessão. Quantas vezes você já se flagrou subordinado e limitado por uma conduta que, pese que fosse daninha, não conseguiu se desvencilhar dela?

Hayao Miyazaki é, sem dúvida, um dos cineastas de animação mais importantes da história. Sua obra transcendeu logo as fronteiras do Japão para conquistar contundente e entranhavelmente às audiências e os críticos do Ocidente, ainda que sem perder nunca seu selo característico. De fato, poderia ser dito que foi graças a originalidade fielmente mantida por Miyazaki, que ele conquistou o gosto coletivo de nossa época.

O lançamento de "Divertida Mente", o próximo filme da Pixar, está cada vez mais perto e já que está carregado por emoções (literalmente). A artista Lindsay McCutcheon tomou os melhores momentos dos últimos 20 anos que nos deu este grande estúdio de animação. Desde Wally despedindo-se de Andy, Monsters Inc., a conexão entre Nemo e seu pai, Wall-E e Up! entre outros, este vídeo resume essas cenas que não importa a idade que tenhamos, sempre nos provocaram um nó na garganta.

Se você gosta de metáforas visuais, simplesmente vai amar o "Floating in my mind". Este bonito curta-metragem de animação mostra o quanto pesam as lembranças ao longo de nossa vida. Pese que ultimamente não é tão frequente encontrar curtas em 2D, já que o formato 3D se converteu em um gênero praticamente com autonomia própria, propiciando a criação de algumas das obras mestres da sétima arte, este filme nos permite descobrir que o verdadeiramente importante é a mensagem que se deseja transmitir e sua maneira de fazê-lo.

Nunca antes tinha ouvido falar da Blur Studio, produtora de filmes de animação em 3D e efeitos especiais, mas, ao que tudo indica, estamos falando de especialistas na área. No começo de abril o coletivo de animadores decidiu subir um vídeo para o YouTube com uma compilação dos melhores e mais reconhecíveis trabalhos já realizados. Segundo um post no Reddit, este vídeo abarca o que de melhor há na atualidade na animação e efeitos especiais.Então, já sabe, tela cheia em HD com som no talo.

A realização dos desenhos animados atuais programados por computador ainda é extremamente difícil, mas nada se compara à animação da velha escola do início do século 20. Cada quadro era literalmente desenhado à mão. Como resultado, a Disney muitas vezes reutilizava e reciclava animações sobrepondo o conteúdo básico como em cenas de dança. Não os culpo, fazer filmes animados naquela época seguramente não era nada fácil. A tecnologia tinha avançado mas não estava nem perto do que vemos hoje em efeitos especiais.