Capitán, um cão que se manteve ao lado do túmulo de seu dono falecido durante os últimos seis anos é a prova inconteste de amor de um animal e de lealdade que transcende os limites da vida e da morte. Embora a bola de pelos ainda tenha uma família para voltar, ele simplesmente se recusa a sair do lado do seu mestre.

Burton Silver e o ilustrador Heather Busch colaboraram em um livro de arte intitulado "Por que pintar gatos: A Ética da Estética Felina" que foi recebido com diferentes graus de louvor e desgosto. O que muitos não percebem é que é categoricamente um livro de humor que, essencialmente, zomba levemente da indústria da arte e pela obsessão da sociedade atual -sobretudo a internética- com os gatos. Naturalmente, as imagens do livro chegaram até a rede, criando muita controvérsia. Afinal, o que seria da internet sem os gatos e gente anônima se pegando no tapa virtualmente?

Dias atrás vi a en passant uma foto de um gato com o rosto bicolor e pensei que se tratasse mais de uma destas tratamentos idiotas que alguns donos dispensam a seus animaizinhos, mas hoje descobri, por mais absurdo que pareça, que é natural. Na verdade basta ver as 3 cores do pelo do corpo para saber que se trata de uma fêmea e seu nome é Vênus, que tem até uma página oficial de sucesso no Facebook. A gatinha foi adotada na Florida (EUA) por seus donos em 2009 e além da cara com duas cores também tem heterocromia, um olho de cada cor.

Não é a primeira vez que postamos uma galeria de fotografias parecida a esta que ilustra este post e tampouco será a última, pois não há como deixar de reparar como é irônico que, às vezes, o ser humano precisa se espelhar no comportamento dos animais, ditos irracionais, para se dar conta da sua natureza humana. Animais, muitas vezes, predadores e presas em seu habitat, conformando a inteligível necessidade de sobrevivência, vivem em paz quando este instinto não é necessário.

Nós já temos alguns posts de mestres do disfarce: animais que se mimetizam na paisagem de forma que fica impossível divisar onde estão. Com a capacidade de desaparecer, misturar e se fundir com o meio onde vivem estes animais usam a arte da dissimulação como um meio de sobrevivência no mundo natural. Mas hoje vamos mostrar um outro tipo de mimetismo, o dos animais domésticos que se aproveitam do meio em que vivem, usando o princípio de semelhança geral para se tornarem invisíveis aos mais desatentos.

Todas as pessoas que diariamente convivem com seu animalzinho doméstico já sabem a muito tempo, no entanto, há muitos que ainda duvidam do pleno estado de consciência animal. Mas após novos estudos e pesquisa, a ciência consegue comprovar (uma vez mais) que os animais possuem sim uma consciência que lhes permite perceber seu meio.

Não é só a peçonha, as cobras tem algo que naturalmente coloca os sentidos dos primatas em total estado de alerta. Desta maneira eu não consigo nem atinar como Guido Mokafiko fez sua série de fotografias "Serpentes" nem muito menos como Mark Light -um famoso fotógrafo estadunidense cujas fotografias são usadas para campanhas publicitárias de grandes marcas- conseguiu finalizar um projeto chamado "Serpentine".

Cheguei a pensar que o melhor título para este post seria "Meu dono é um retardado - Hairdos Edition". Afinal as pessoas estão cada vez mais experimentando em seus animais aquilo que queriam fazer consigo mesmo. Vale de tudo para permanecer dentro do armário e expor o coitado do peludo ao ridículo. Vejam esta fotografias coletadas pelo fotógrafo americano Ren Netherland, especializado em fotografias de animais, em concursos de penteados caninos. Sim isso realmente existe e as maiores vítimas são os poodles gigantes por causa de seu farto pelo.

Enquanto alguns se dedicam a câmeras monstruosas para fotografar o longínquo espaço, outros se dedicam a fotografar o mundo micrométrico de monstros que habitam o nosso mundo sem que ao menos saibamos de sua aparência. Este é o caso do fotógrafo iraniano Omid Golzar, que encontra refúgio e inspiração na macrofotografia que lhe permite fechar a porta para o mundo exterior, cuja realidade por muitas vezes é estressante, e abrir uma outra porta, onde pode relaxar e descontrair de todos os problemas.

Competições de angariação de fundos escolares geralmente envolvem venda de cachorro quente e pipoca e eventos esportivos como corrida do saco e do ovo na colher, mas em uma escola particular na Nova Zelândia as crianças disputam para ver quem veste gambás mortos com os trajes mais engraçados em um bizarro concurso de moda animal.

Hoje me deparei com um site dedicado às bolas de pelos que me deixou muito decepcionado. Seu editor dizia o que fazer para ter um animalzinho de estimação em casa, dando dicas como: escolher um animal com pedigree, de pelagem macia e brilhosa, natureza não muito agitada... Pensei até que não estava falando de um animal de estimação senão de um brinquedinho para algum incauto cheio de vontades vazias. Tem tanto bicho esperando para ser adotado, que não faz sentido algum comprar um.

Às vezes, a arte digital traz coisas boas. Coisas bonitas. Coisas que nos transportam para um outro mundo, estimulando nossa imaginação permitindo saber de algo que, até há pouco, não existia. Mas às vezes, porém, a arte digital permite às pessoas a capacidade de mesclar dois animais existentes para criar um tipo completamente divertido (e às vezes assustador), espécime de um jardim zoológico freak. Este é o mundo da Animangling ("deformação animal"), também conhecida como taxidermia digital.