O que aconteceria com a vida sem ela?

Pois que ninguém se confunda, este post não falará de como seguir a vida depois de levar um pé na bund@ do ente amado, ainda sim que seria se a pessoa que você ama fosse à Lua. O que aconteceria se a lua, rainha dos céus, único satélite natural da Terra e o maior do Sistema Solar em relação ao tamanho de seu planeta (1/4 do diâmetro da Terra e 1/81 de sua massa), desaparecesse? Os poetas perderiam sua maior inspiração? Os loucos e românticos não teriam mais razão para amar? O que aconteceria?

Continuação do artigo amanhã, enquanto isso podemos debater sobre as consequências do desaparecimento da lua.

O básico: não teria mais marés como temos hoje. Como já sabemos, a Lua produz um efeito físico na Terra que a converte na causadora das mudanças das marés. A atração gravitacional da Lua exercida sobre a Terra produz uma deformação sobre nosso planeta, "esticando-o" naqueles lugares onde a atração é mais forte, fenômeno que se denomina "gradiente gravitacional".

Como a Terra é sólida, esta deformação afeta de forma mais significativa às águas, criando um ligeiro movimento em direção à Lua e também um movimento em direção contrária; isto é o que gera o efeito que faz com que as águas subam e baixem duas vezes ao dia.

Além das marés, a Lua encarrega-se de manter estável o clima de nosso planeta. O efeito gravitacional da Lua mantém constante o grau de inclinação do eixo de rotação da Terra e esta inclinação é o que mantém estável o ciclo das estações enquanto a Terra orbita em torno do Sol.

A inclinação de nossos polos seria muito diferente sem a Lua, o ângulo dos mesmos seria modificado em 90°. O grau de inclinação atual da Terra é de 23,5°; mas sem a força gravitacional exercido pela Lua isto variaria caoticamente, o que traria consequências climáticas devastadoras para a vida em nosso planeta.

Sem a presença da Lua e seu efeito gravitacional sobre a Terra, esta daria uma volta a cada 8 horas em vez das 24; um ano na Terra seria composto por 1.095 dias de 8 horas. Com uma velocidade de rotação tão alta como essa, os ventos seriam muito mais potentes e violentos que aqueles que conhecemos na atualidade, a atmosfera teria bem mais oxigênio e o campo magnético do planeta seria três vezes mais intenso.

Os efeitos seriam catastróficos para a vida na Terra, sem dúvida, e como a Sol falou nos comentários, muito provavelmente só sobreviveriam os animais áquaticos. Seriam necessários outros milhões de anos para que um anmal aquático decidisse novamente evoluir e sair das águas para adaptar-se ao novo ecossistema.

Então a próxima vez que você ver a Lua brilhando majestosamente no céu, lembre-se que sua forte interação gravitacional com nosso planeta em tempos primitivos pode ter permitido que a matéria inorgânica fizesse a passagem física necessária para se converter em orgânica; e que a estabilidade adequada de dita força gravitacional ao longo de milhares de milhões de anos presenteou nosso planeta as condições estáveis necessárias para que esta matéria orgânica pudesse se organizar, se reproduzir e evoluir. De modo que de forma poética podemos dizer que somos nada mais nada menos que filhos da Lua.

Fonte: Ciência Limada.