Filhotes de urso polar brincando

Uma das profissões da minha lista de possíveis na infância era a de fotógrafo do mundo selvagem. Conseguir cenas de animais em seu habitat natural é uma atividade titânica e que requer de uma paciência de Jó, mas ao mesmo tempo deve ser umas das coisas mais recompensadoras, conforme podemos ver neste vídeo gravado pelo fotógrafo Thomas D. Mangelsen, que em março de 2010 viajou para a Hudson Bay, no norte de Manitoba (Canadá) para fotografar os ursos polares e os seus filhotes saindo de covas de inverno.

Os filhotes, geralmente 2 por cria, nascem entre novembro e janeiro, dentro da cova, e só saem pela primeira vez no final de março ou abril. Quando chegam ao mundo, os filhotes pesam pouco mais de meio quilo, medem 30 cm de comprimento e são completamente dependentes da mãe. Os animais são amamentados até 30 meses e começam a comer os primeiros alimentos sólidos assim que a mãe caça a primeira presa (aos 3 ou 4 meses de idade).

Como toda criança arteira, os dois piquitititos brincam e lutam no seu primeiro passeio fora da caverna, enquanto a mãe mantém um olhar atento sobre eles.

Devido ao elevado conteúdo lipídico do leite de mamãe, os bichinhos crescem bem depressa -aos 8 meses, pesam mais de 45 kg-. Durante o período em que permanecem ao lado da mãe, os filhotes aprendem a caçar por observação e quando têm apenas 1 ano de idade já conseguem caçar com sucesso. Quando completam os 2 anos e meio de idade, mais ou menos, as crias são afastadas pela própria mãe ou por machos, já que a fêmea está pronta para acasalar novamente.

Neste período (no caso de) os dois irmãos geram uma grande relação de inter-dependência até que completem a maturidade -4 anos para a fêmea e 6 para o macho- quando serão o motivo da briga ou brigarão entre si e com os demais para ver quem cruza com uma fêmea disponível.