Dedo de mestre do Kung Fu pode perfurar um coco

Estes chineses realmente assustam, dias atrás vimos como um monge suporta chutes no saco sem reclamar, hoje é a vez de conhecer o mestre de kung fu Ho Eng Hui que não precisa de armas de fantasia, porque a natureza deu-lhe uma muito legal: o dedo indicador. Seu dedo incrivelmente poderoso pode perfurar a casca de um coco. Ele declara com orgulho que seu dedo realmente o ajuda a levantar a sua família.

Ho vem realizando suas incríveis "proezas de dedo" duas vezes por semana em um local especial em Jonker Street, no Estado malaio de Malaca. O governo atribuiu-lhe este lugar no ano de 2000, onde ele vai entreter os turistas e moradores locais, desde então.

Ao longo dos anos Ho vem estabelecendo novos recordes. Em 02 fevereiro de 2001, ele entrou para o Livro dos Recordes da Malásia, perfurando três cocos em 1 minuto e 10 segundos. Em junho de 2009, perfurou quatro cocos em 30,81 segundo: um feito que lhe rendeu um lugar no Livro Guinness dos Recordes. E em 2011, ele quebrou seu próprio recorde, perfurando quatro cocos em 12,15 segundos.

Ho começou sua profissão incomum, quando ele tinha apenas 17 anos de idade. Ele inspirou-se em seu mestre de kung fu de Singapura, Choo Kong Leong.

- "Na década de 1970, comecei a aprender com o meu guru a habilidade de perfurar as coisas com o dedo", disse ele . "Choo disse-me para treinar um dedo do kung fu. No início, eu não era muito bem sucedido, mas treinei duro tanto quanto pude pois queria ter sucesso." Ele praticava freneticamente enfiando o dedo em troncos de bananeiras em sua cidade natal de Ponciano, em Johor. - "Eu fazia isso toda vez que via uma bananeira. As pessoas diziam que eu era louco."

Mas Ho continuou, porque acreditava que não havia ganho sem dor. Quando as bananeiras ficaram fáceis demais, ele mudou para caixas de papelão reforçado, antes de finalmente testar sua habilidade em um concurso de quebrar cocos. Depois de dois longos anos de prática, ele foi capaz de perfurar seu primeiro coco, um feito que lhe rendeu um dedo inchado, destroncado e doloroso. Ele continuou a treinar depois disso e logo aperfeiçoou o processo.

O segredo do sucesso de Ho está na antiga prática chinesa de Chi Kung , que envolve o alinhamento do corpo, respiração e mente. Ele aprendeu Chi Kung de Choo, que costumava realizar acrobacias de kung fu, como engolir bolas de metal e cuspi-las novamente. Choo também pode quebrar cocos com a cabeça e atuar como um saco de pancadas humano.

Ser um ser humano com um dedo-quebra-coco não é tarefa fácil; Ho mantém-se em forma ao caminhar quase 20 quilômetros por dia. Ele é cuidadoso com sua dieta também: ele prefere comer peixe e legumes e evita carnes e alimentos gordurosos. Como uma fonte de renda extra, Ho também vende óleos medicinais para dores, que ele próprio faz.

Seu dedo pode parecer indestrutível, mas Ho já o quebrou algumas vezes no passado. Por duas vezes, em Cingapura, em 1992 e 1994, depois que fez uma pausa de seis anos. E então, novamente, em 2009, em Pequim. Embora seu dedo já pareça todo torto e desgastado, o homem de 58 anos quer superar mais um recorde antes de se aposentar.

- "Eu quero furar quatro cocos em 10 segundos e espero conseguir um patrocinador antes de tentar o feito", disse ele . - "Algumas pessoas acham que sou louco, mas estou bem com isso. Eu queria conseguir algo grande e fiz isso."

Se Ho Eng Hui venceu pela persistência, Hua Chi, um monge chinês de 70 anos, também não deixou de marcar por menos: ele conseguiu algo que só poucos são capazes: deixar uma marca neste mundo, literalmente. O homem piedoso se ajoelha para orar no mesmo lugar há quase 20 anos. Ele realiza o ritual tantas vezes que suas pegadas estão profundamente enraizadas no chão de madeira do seu templo, na cidade mosteiro de Tongren, na província de Qinghai.

O monge altamente disciplinado segue uma rotina que nunca muda: chega aos degraus do templo todos os dias antes do nascer do sol, coloca os pés sobre as pegadas e prostra alguns milhares de vezes em oração. Tendo feito isso por duas décadas, a madeira sob seus pés abrandou consideravelmente, transformando-se em pegadas perfeitas com 1,2 centímetros de profundidade.

Quando Hua Chi era mais novo, ele se prostrava 2.000 a 3.000 vezes por dia.

- "Mas eu envelheci, por isso nos últimos anos só tenho feito em torno de 1.000 a cada dia", disse ele. Às vezes, durante o inverno, ele só consegue 500 flexões, mas mesmo isso é impressionante. Eu não poderia me imaginar fazendo um punhado de prostrações sem cair no chão esgotado depois da primeira dúzia. Depois de completar suas orações, ele anda ao redor do templo também.

Hua Chi espera que sua dedicação e compromisso com suas orações ajudem-no a alcançar uma transição suave para a vida após a morte. De acordo com as crenças budistas tibetanas, o espírito passa por um processo após a morte que determina o futuro -ou nirvana ou um retorno para o renascimento-.

- "Eu reconstruí este templo, orei e caminhei ao seu redor todas essas vezes, para que depois da minha morte meu espírito não sofra", disse Hua Chi, que também é um médico tradicional.

Sua devoção é agora uma fonte de inspiração para os mais jovens monges no templo, que está localizado dentro do Rongwo Gonchen Gompa, um mosteiro tibetano importante em Tongren. O mosteiro é secular e remonta ao ano de 1301. É o lar de centenas de monges que estudam as escrituras budistas.

O monge de 29 anos Genden Darji é um dos seguidores mais ardorosos de Hua Chi. Ele passou vários dias admirando a determinação do monge mais velho e deseja levar adiante a tradição de pisar em suas pegadas algum dia.

- "Todos os dias eu venho aqui e todos os dias eu olho para a marca na madeira , e isso me inspirou a continuar a fazer as minhas próprias pegadas", disse Darji .