Prêmios Darwin 2014

A teoria da evolução de Charles Darwin baseia-se em que os indivíduos melhor adaptados a seu meio têm mais facilidade para perdurar, e, portanto, mais possibilidades para procriar e perpetuar seus genes, enquanto os mais tapados e menos adaptados têm poucas chances, e, dessa forma, menos viabilidades de transmitir sua pobre herança.

Os prêmios Darwin são uma competição irônica que classifica por votação as mortes mais tontas do ano, mostrando a maneira contemporânea em que a seleção natural acontece. Em 2008, por exemplo, o padre Adelir Antonio de Carli, que morreu ao fazer um voo com balões de festa, sem saber operar o GPS que levava e com um celular sem créditos, ganhou um Darwin duplo.

Agora, 2014 está a ponto de terminar, é hora de repassar a classificação deste ano. Nesta ocasião há alguns casos que dão mais pena do que outra coisa.

Primeiro prêmio: um trem atropela dois torcedores de futebol em Rotterdã

Às 6 da tarde do domingo, de 2 de março, depois do término da partida de futebol entre Ajax e Feyenoord, alguns torcedores esperavam o trem na estação de Zuid. Dois deles não tiveram melhor ideia do que descer aos trilhos e se desafiavam sobre quem se retiraria antes da chegada da composição. Um deitou entre os trilhos com os braços colados ao corpo para que o trem passasse por cima, e o outro ficou sentado ao lado em posição em que calculava estar a salvo no caso de que o outro não se retirasse. Os dois erraram no cálculo, e ainda que o trem tenha freado, resultou ser um pouco mais baixo e mais largo do que estes dois idiotas pensaram. Ambos morreram no ato.

Segundo prêmio: preparativos sexuais

Em maio de 2014, o serviço de bombeiros londrino foi chamado para realizar uma intervenção de emergência em um dos hospitais da cidade. Um homem tinha introduzido o pênis os testículos em um anel de titânio grosso, mas o acúmulo de sangue impediu-lhe de tirar. Envergonhado, deixou decorrer 3 dias antes de ir ao hospital com a esperança de que o problema se arranjasse sozinho, coisa que evidentemente não aconteceu e a única coisa que provocou é que a zona ficou roxa, depois preta e inchou mais ainda. Depois de três tentativas com a cisalha, os bombeiros tiveram que desistir e os médicos castraram o paciente. O homem não morreu, mas o efeito evolutivo será o mesmo.

Terceiro prêmio: Coitus interruptus

Na noite de 10 de junho alguns estudantes celebravam uma festa em um prédio de apartamentos da rua Wharf, em Londres. Um estudante mexicano de 18 anos e uma atraente jovem russa de 19, foram até a sacada, mas não precisamente para tomar ar fresco. Estavam entregues ao amor à vista dos vizinhos, alguns dos quais trocaram o programa da televisão pelo show da sacada. Em pleno ato, o jovem Miguel levantou Anastasia e apoiou a fogosa russa no parapeito enquanto dedicava-se ao laborioso frenesi. Em dado momento, Anastasia descontrolada balançou a cabeça no vazio e... caiu na rua arrastando o pobre Miguel junto. Ambos morreram na hora.

Quarto prêmio: ressurreição frustrada

17 de setembro. Um homem no Paquistão apresentou-se voluntariamente para que um homem santo lhe ressuscitasse (depois de matá-lo, obviamente). Diante de uma multidão, Muhammad Niaz, de 40 anos, deixou-se amarrar sobre uma mesa para que o sacerdote o degolasse. Muhammad Sabir, o sacerdote, após assassinar Niaz pronunciou várias palavras mágicas, mas ante sua surpresa, o morto não reviveu. Saiu correndo do local e foi capturado finalmente dias depois pela polícia.

Quinto prêmio: uma múmia em Tucson

Em 19 de maio e após um corte no fornecimento de energia elétrica na cidade de Tucson, no Arizona americano, os técnicos de uma empresa elétrica abriram a tampa de um registro e encontraram em seu interior os restos mumificados de um homem de mais ou menos uns 50 anos de idade. O homem aparentemente tentava roubar cobre, já que levava um cortador de cabos. A eletricidade literalmente torrou o homem, eliminando a umidade de seu corpo. A morte ocorreu um ano ou dois antes de encontrarem o cadáver.

Sexto prêmio: o elefante que não gostava de selfies

Em 24 de abril, dois turistas que visitavam uma reserva no Quênia, se fixaram em um elefante que parecia tranqüilo. Aproximaram-se dele e começaram a tirar selfies lhe tocando a tromba e as presas. O paquiderme, incomodado com aquela sessão de fotos interminável, deu literalmente uma trombada nos dois e depois pisoteou-os até a morte. Temendo o pior, o animal buscou ramos de árvores para cobrir os cadáveres, ainda que isso não evitou que os guardas lhe matassem a tiros.

Fonte: Darwin Awards.