Temerários escalam um arranha-céus de 660 metros em Shenzhen, China

Segundo indicam os estudos da Universidade da Califórnia e do Instituto Nacional de Saúde dos Estados Unidos, quanto mais jovem é uma pessoa menor percepção ela tem do perigo. Ao que parece, aquelas "loucuras de juventude" são fisiologicamente compreensíveis, já que a área cerebral encarregada de processar o medo e avaliar os riscos de uma conduta não se desenvolve totalmente até passados os 25 anos.

Ademais, o cérebro feminino desenvolve esta área entre um e dois anos antes que o masculino, motivo pelo qual não é de estranhar que elas sejam mais ajuizadas do que nós, fora o fato das testosteronices.

Em qualquer caso, existe uma grande diferença entre aqueles que praticam esportes de risco e quem simplesmente têm condutas temerárias sem medidas de segurança.

Conheço vários viciados em adrenalina, entre os quais me incluo, que fazem salto base, paraquedismo, escalada e outras "loucuras", e sempre são os primeiros em remarcar que a segurança é primordial.

Por isso não consigo deixar de me assombrar ao comprovar como algumas pessoas correm um risco desnecessário só para realizar uma foto ou gravar um video de sua "façanha", como por exemplo o duo russo "On the roofs", dois jovens de 21 e 25 anos de idade que acabam de escalar os 660 metros do Shenzhen Centre.

Há 5 anos, Vitaliy Raskalov e Vadim Makhorov escalam diversos monumentos e arranha-céus de todo mundo pára, sem nenhum tipo de segurança, subir até o ponto mais alto e fazer uma selfie de sua "proeza".

Como era de esperar, seus videos e fotografias se converteram em todo um fenômeno viral, e não demoraram a aparecer as réplicas. Sem dúvidas as imagens são impressionantes, mas não sei até que ponto a fama e o reconhecimento merecem correr semelhante risco.