Hoverboard Lexus está aqui e Doc Brown não aprovaria

A Lexus passou mais de um ano desenvolvendo o protótipo do Slide, um "patinete voador" que deveria ser uma versão pessoal em bambu e fibra de carbono dos brinquedos de levitação magnética. Equipado com supercondutores, precisa de temperaturas ultra-baixas... nenhuma novidade. O resultado é que se eleva nada mais que alguns poucos centímetros sobre o chão e precisa se mover sobre uma zona concreta de trilhos especiais, que podem ser ocultos habilmente sob uma fina camada de madeira pintada para que pareça cimento.

Em resumo: não é um hoverboard como o de Marty McFly, é apenas uma versão glorificada de uma atração de feira que se mantém levitando por um trilho durante alguns poucos segundos e pronto. Visto assim, o invento pode ser classificado na categoria "I want to believe".

Mas no momento de fazer o marketing do invento para atrair gente ansiosa por inventos tecnológicos do futuro a tarefa foi bem mais «brilhante: lançaram um teaser misterioso, onde não explicavam nada, prepararam um site cheio de detalhes supérfluos e gravaram horas e horas de vídeo para depois escolher, depurar e encher de efeitos especiais e Photoshop de tal forma que a experiência pareça crível. Após tudo acrescentaram uma música simpática e o vídeo deve bombar nas redes sociais.

Recordemos que para que tudo isto funcione há que ter o patinete com 32 supercondutores -não precisamente baratos- acesso a litros e litros de nitrogênio líquido a 200 graus abaixo de zero, e uma pista de skate de centenas de metros quadrados com guias perfeitamente ocultas, sobre o qual é possível se mover seguindo a linhas. Quase nada, né?

Em definitiva, um blefe épico, que provavelmente passará aos anais das ideias horríveis sobre como promover... O que, exatamente?