Dindin, o pinguim que retorna todo ano para rever seu amigo humano

Mais cedo, quando escrevia o post sobre a pinguim Lala, me lembrei da história de Dindin, dica do amigo Zé Roberto Isabella, que eu acabei esquecendo de publicar. Os pinguins são animais muito sociáveis e quem sabe bem disso é o Seu João, que em março de 2011, encontrou um pinguim de Magalhães embebido em óleo na praia e levou para sua casa na vila de Provetá, na Ilha Grande. Seu João limpou a ave e deu alguns peixes para ela. Mais tarde ele apelidou o pinguim de Dindin. Esse foi o início de uma amizade interespécies que dura até hoje.

A história é muito bacana porque Seu João logo ficou preocupado como o pinguim iria voltar para sua casa, na distante Patagônia.

Um certo dia ele levou Dindin na praia e incentivou o animal a ir embora. Dindin entrou na água, mergulhou e voltou. O aposentado então pegou um barco e levou o pinguim em alto mar e o soltou. Dindin chegou em casa antes do Seu João. No entanto, o homem conta que uma tarde ele falou sério com o amigo:

- "Vai Dindin, pode deixar que eu fico te esperando aqui". Dindin foi e regressou 4 meses depois. Agora, de forma surprendente, o Dindin fica 8 meses em terra, todos os anos, ao lado do amigo que o salvou de uma morte certa, e nos restantes meses vai viver a sua vida animal.

Uma veterinária cuidadora de pinguins que tem um site chamado "The Lady Penguin", observou que:

- "É possível que Dindin tenha redirecionado seu instinto natural de acasalamento para o seu João". Isso, naturalmente, significa apenas que o pinguim priorizou sua amizade com o homem que o salvou. E Dindin tem mesmo ciúmes do Seu João não permitindo que qualquer cão ou gato chegue perto dele com fortes bicadas.

Apesar de serem de diferentes espécies, Seu João e Dindin parecem ser almas gêmeas, se respeitando integralmente e se amando incondicionalmente.