Que lado gira a máscara: um teste de genialidade e esquizofrenia?

Individualizar casos de esquizofrenia pode ser uma tarefa bem espinhosa para os melhores profissionais de saúde mental, por tratar-se de um transtorno que pode ser mascarado ou confundido com outras patologias. Um instrumento que os neurocientistas lançam mão para ajudar no diagnóstico, mas não para ultimá-lo (é apenas um adjutório), é o chamado teste da máscara, quando é mostrado ao paciente uma mascara rotativa com suas áreas côncavas e convexas, segundo o lado que gira, respectivamente.

Acontece que alguns tipos de esquizofrênicos não conseguem ver a ilusão óptica inserida na imagem, não percebendo nem a convexidade e, às vezes, nem que a máscara pode girar para os dois lados. Em outras palavras, o cérebro não consegue completar aquilo que vê em função do que está acostumado a ver. Dependendo de como você percebe as sombras, é possível ver a ilusão girando tanto para o lado esquerdo, quanto para o direito influindo diretamente na forma como você verá a convexidade da mesma. Veja:

Em um estudo realizado em 2009, cientistas realmente comprovaram que os pacientes esquizofrênicos não percebiam as faces convexas, mesmo que fossem capazes de ver a imagem girando tanto para a direito quanto pela esquerda. A explicação reside no fato de que estas pessoas trocam pouca informação entre a área frontoparietal do cérebro com as áreas visuais.

Alguns blogs também publicam uma imagem (ou vídeo semelhante) dizendo que, segundo o lado que vemos a máscara girando, corresponde ao lado mais ativo do cérebro, para a esquerda somos mais lógicos; para a direita, mais emocionais. Mas isto é uma bobagem, porque simplesmente não existe esta divisão entre o hemisfério direito e esquerdo do cérebro.