Jardineiro com câncer processa a Monsanto em histórico julgamento por ocultar risco de produtos cancerígenos

Em um caso histórico, que poderia marcar a pauta de numerosos outros, o jardineiro DeWayne Johnson -não confundir com The Rock- conseguiu levar a julgamento a gigante da agroquímica Monsanto. Em 18 de junho, na Califórnia, pela primeira vez uma pessoa levará a empresa até as barras da lei. Johnson, 46 anos, tem pouco tempo de vida, já que o câncer se espalhou por quase todo seu corpo. No entanto, espera poder viver o suficiente para ver que Monsanto pague pelo que acha que provocou.

Johnson ficou exposto durante anos ao herbicida Roundup, que contém o químico glifosato, cujas propriedades aparentemente cancerígenas teriam sido ocultadas pela Monsanto.

O juiz Curtis Karnow deu sinais positivos para o caso de Johnson ao pedir ao júri que não só considere a evidência científica, senão também as alegações de que Monsanto oculta a evidência ou pague para que realizem estudos favoráveis. O advogado de Johnson sustenta que a Monsanto vem falsificando dados e atacando estudos legítimos, estabelecendo uma campanha prolongada de desinformação.

A empresa argumenta que os estudos da Environmental Protection Agency avaliam que seu produto não produz câncer. Por outro lado, a Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer classificou o glifosato como provável cancerígeno humano em 2015. Vários países proibiram seu uso, ou encontram-se em processo de fazê-lo.

Outros 4 mil processos aguardam a decisão a respeito deste caso, pois poderia marcar um precedente e dar luz verde a todas estas acusações.

Fonte: PTJornal.