Miss America diz «by-bye» aos biquínis: as concorrentes serão julgadas pela beleza interior

O concurso de beleza Miss América, com mais de 90 anos de existência, anunciou que mudará drasticamente seu formato, eliminando o desfile de biquínis ou trajes de banho que era um dos distintivos do concurso. Com isto o certame se alinha com os movimento feministas e segue a Fórmula 1, que nesta mesma tônica anteriormente eliminou às modelos de suas corridas, não sem controvérsia, já que as próprias modelos -conhecidas com "grid-girls"- manifestaram seu descontentamento.

O caso é que ao perder seu trabalho, muitas delas argumentaram que era sua própria e consciente escolha se apresentarem em roupas menores ou justas nas corridas, e que não existia nada dessa coisa de exploração pelo patriarcado. Algumas, com línguas mais ferinas, inclusive disseram se tratar de inveja das "mulheres de bigode".

A diretora do concurso, Gretchen Carlson, anunciou que na nova versão de Miss America os jurados avaliarão às mulheres conforme a "quem são como pessoa no interior de sua alma". Aparentemente, os jurados poderão apreciar melhor a "alma" ou o "interior" das concorrentes neste novo formato.

Gretchen é parte de uma nova diretoria composta exclusivamente por mulheres, depois de um recente escândalo em que vazaram que os organizadores julgavam às candidatas por sua aparência e inteligência.

Segundo a mídia, Carlson disse que muitas mulheres manifestaram que estavam interessadas em concorrer, mas desistiram pela dificuldade de desfilar de biquíni com saltos.

A decisão não ficou livre das críticas, algumas pessoas acham que afetará a audiência e colocará o programa em uma crise de identidade. Esperam que muitos outros concursos de beleza tomem medidas similares e, talvez, no futuro, muitos devem deixar de existir.

Fonte: Guardian.