Repórter da BBC negocia com um macaco indiano que roubou seu iPhone

O macaco-rhesus (Macaca mulata) se adaptou tão bem na convivência com humanos na Índia, que hoje faz parte da paisagem urbana de diversas cidades. Com uma população estimada de mais de 50 milhões de indivíduos no país, engana-se quem, no entanto, acredite que esta proliferação, própria de uma peste, seja porque eles são considerados sagrados ali. Com efeito, a razão para que os primatas não sejam perseguidos na Índia é que uma das divindades do panteão hinduísta é Hanuman, o deus-macaco.

Hanumam é venerado por aqueles que desejam se livrar de coisas ruins e energias negativas, e, como ele também protege o animal que simboliza, quem machucar um macaco estaria ofendendo a própria divindade.

No entanto, essa população gigante habituada a uma constante dinâmica de farta alimentação nas praças e templos resultou em um grande problema: macacos impertinentes, apelidados de "macacos rebeldes", que roubam todo tipo de itens dos turistas e também dos locais mais incautos. Em Calcutá, por exemplo, agora é terminantemente proibido alimentar os animais, e você já vai entender o motivo.

O repórter da BBC Chris Packham procurou descobrir por que eles fazem isso. Ao testar uma teoria, ele permitiu que um macaco roubasse seu iPhone. Chris então procurou o primata ladrão para negociar os termos da devolução do telefone. Ele ofereceu ao animal uma escolha de diferentes alimentos: nozes, bananas e ovos.

Depois que Chris mostrou todos os três itens, o macaco abandonou o iPhone anteriormente cobiçado para recuperar sua guloseima preferida. Essencialmente, o macaco estava mantendo o telefone como refém para conseguir uma boa refeição.

Por isso, em alguns templos os turistas são fortemente desencorajados a fornecer comida e a manterem em segurança itens -como celulares, bonés e óculos-, que os macacos gostam de raptar.