Mãe reuniu-se com sua filha falecida através da realidade virtual em um programa de televisão

Na semana passada foi ao ar um especial de televisão coreano chamado "Meeting You" que se centrou na perda de uma família de sua filha de sete anos. Em um final inquietante, o programa tentou reunir à menina, Nayeon, com sua mãe, Jang Ji-sung, usando a realidade virtual. No vídeo que ilustra este post podemos ver que a menina não só foi completamente clonada em 3D, capaz de se mover e interagir, senão que à mãe recebeu luvas sensíveis ao tato para acompanhar com seu equipamento de VR, e caminhar ao redor de um conjunto limitado de tela verde.

Nayeon foi diagnosticada com câncer hematológico, faz 3 anos, falecendo um mês depois. Segundo explica o documentário, a mãe desejava encontrar com a filha para despedir-se dela de outra forma.

Tomada pela emoção, Jang Ji-sung começa a chorar, enquanto tenta abraçar e tocar a filha, no cenário virtual que imita o parque favorito de Nayeon. Mãe e filha celebram o aniversário da menor, que pede como presente que sua mãe nunca chore de novo.

Uma vez visto estes poucos minutos fugazes, não tenho ideia se isso foi uma experiência positiva para esta mãe, motivo pelo qual nem quero falar a respeito de seus sentimentos pessoais ou tentar imaginar o que sentiu ao interagir com a filha assim. Poder ver sua filha pela última vez poderia ajudar em seu processo de luto, mas também poderia aumentar o trauma. Só o tempo e a investigação sobre o assunto dirão.

Esta é uma dessas coisas para as quais pensei que tínhamos outros 5-10 anos para nos preparar, talvez com algum tipo de meio para reagir ou responder. O denominado "vale da estranheza" é algo com o qual ainda lutamos quando se trata simplesmente de entretenimento, definitivamente não estamos equipados para abordar os mesmos problemas com os seres queridos.

Se isto fosse feito a porta fechada, então talvez poderíamos (e agora teremos que) discutir os méritos psicológicos e éticos de tal exercício. Realmente não sei o que dizer.